Comecei a trabalhar como interna do ano comum. Depois de longos meses repletos de muitas dúvidas e incertezas, entrei na especialidade e tornei-me oficialmente interna de pedopsiquiatria.
Lancei o meu livro, 'Queques que enchem a alma'. Tive a minha despedida de solteira. Casei duas vezes - uma na conservatória em Lisboa e outra no meio do campo em França. Tive uma lua-de-mel estrondosa e passei pelo Crato, por Salamanca, por Bordéus, por La Souterraine, por Lyon, pelo Parque Natural de Cévennes, por Carcassone, por Andorra, por Valência, por Granada (e Alhambra!), por Córdoba e por Sevilha.
Fui duas vezes ao Château onde posteriormente casei. Voltei a Londres com os meus amigos. Conheci Braga com os internos do meu hospital. Regressei a Paris para dois dias de compras e gulodices com a minha mãe.
Dei um passeio MA-RA-VI-LHO-SO por Sintra. Molhei os pés na Costa da Caparica. Conheci a Embaixada e o Museu de História Natural de Lisboa. Visitei novamente a Feira dos Piratas de Leça da Palmeira. Estive cinco vezes na Feira do Livro de Lisboa (com o meu livro, claro!). Fui ao Festival do Crato e vi novamente um concerto dos The Hives. Desci um rio de canoa.
Vi os Silence 4 e a Beyoncé na MEO Arena. Assisti à Tosca do Puccini na Ópera de Paris. Chorei no Les Miserables em Londres. Fui três vezes ao futebol ver o Sporting. Apaixonei-me pelo SCHOOL. Fui ao brunch. Passei uma noite num motel. Cartolei os meus afilhados na Queima das Fitas. Subi o Rio Douro de barco duas vezes.
Continuei a cortar sonhos da lista de 101 coisas para fazer em 1001 dias e filmes da lista de 250 melhores filmes do IMDb. Assinei a Saveurs. Fui ao paintball e ao lasertag. Organizei um jantar mistério e um jantar temático francês. Andei à procura do melhor éclair de Lisboa. Passeei pela Lx Factory. Fiz um piquenique na Quinta das Conchas. Vi a triologia do Padrinho. Comprei uma árvore de Natal ainda mais alta. Recebi uma massagem fantástica. Fui ao Museu do Oriente. Assisti ao Cirque du Soleil. Regressei ao Jardim Zoológico.
Descobri nos iogurtes a minha nova paixão. Recebi uma máquina de fazer crepes e tornei-me numa adepta fiel destas pequenas maravilhas. Fiz pela primeira vez Cinnamon Rolls, que desde então se tornaram habituais cá em casa e que até já tiveram alternativas com limão, com maçã e caramelo e com caramelo e nozes. Rendi-me finalmente aos bolos de bolacha. Encontrei uns bolinhos de limão divinais.
Descobri a sobremesa mais fácil de sempre. Cozinhei pães de Deus. Continuei a ser louca por pavlovas. Desisti de fazer pastéis de nata. Recebi uma Actifry e desde então tornei-me (ainda) mais saudável. Testei uma receita de bolachas de chocolate para dois. Fiz leite condensado em casa. Fiz o melhor bolo da história dos bolos. Presenteei o Pedro com um pecaminoso coulant de chocolate negro. Voltei a ser surpreendida por uma receita de queques. Repeti a casinha de gengibre para o Natal. Fiz uma semana paleo aqui no blog. Acompanhei o Pedro na sua mudança de alimentação e tornei-me numa semi-pseudo-paleo-coisa. Fiz uma rubrica de doces de Natal e outra dos 'Twelve Days of Christmas'.
Comecei a ter aulas de canto. Cantei em público na Aula Magna. Iniciei-me nas corridas. O Pedro foi chamado para ser dador de medula óssea de alguém com quem era compatível. Contei-vos qual era o meu propósito. Recebi a minha primeira encomenda de queques e fiz uns absolutamente degradantes. Bati pratos. Toquei bateria. Fiz o meu jantar de aniversário dois meses depois do meu dia de aniversário. Fiz uma sessão fotográfica de Natal com a minha família.
Tirei centenas de fotos à Liby e pedi milhares de vezes ao Pedro para termos um gatinho, sem qualquer sucesso (o Pedro é mau!).
Bati com o carro. Furei dois pneus do carro no mesmo dia. O Pedro teve um acidente grave (do qual saiu ileso) e ficou sem o carro dele. Lidei com a morte dos meus animais de estimação. Preocupei-me com a operação a que foi submetida a minha avó. Tive uma pneumonia, uma amigdalite, uma reacção anafilática, uma constipação enorme e duas ou três infecções urinárias.
Foi um ano simplesmente incrível. E embora saiba que dificilmente os meus 26 anos conseguirão superar os meus 25, posso garantir-vos que continuarei a tentar na mesma.
Por isso hoje é dia de parabéns para mim. É dia de soprar as velas do meu bolo, fechar os olhos e desejar com todas as minhas forças que a vida me continue a sorrir e que eu continue a sorrir para ela.
Bring it on, 26.