Without you now I see
How fragile the world can be.
And I know you've gone away
But in my heart you'll always stay.
I cried for you, and the sky cried for you,
And when you went I became a hopeless drifter.
But this life was not for you,
Though I learned from you,
That beauty need only be a whisper.
Katie Melua
Era Domingo à noite. Eu tinha chegado a casa vinda da minha viagem (na altura semanal) ao Porto. Sentei-me na cama a vestir o pijama, e eis que quando olhei para o chão vi algo extremamente parecido com... Um pequenino cocó.
Pensei que estava a alucinar de cansaço.
Alguns minutos depois sentei-me no sofá, e enquanto esperava que o meu portátil ligasse vi pelo canto do olho algo a mexer-se.
'Está ali um rato!' - gritei.
Os nossos gerbos da Mongólia tinham escavado um buraco na caixa e tinham passado todo o fim-de-semana a passear-se alegremente pela nossa casa. À excepção do Tomás, claro, que sempre foi o rato
Seguiram-se horas de caça aos ratinhos, aspiração do chão e recuperação da casinha deles.
Em Novembro do ano passado um dos nossos ratinhos morreu de repente. Embora tecnicamente todos já tivessem ultrapassado a esperança média de vida típica da espécie, a verdade é que eram tão animados (à excepção do Tomás, pronto) que aquilo apanhou-nos completamente desprevenidos.
Em Janeiro o Tomás morreu também de repente,
Não foi isso que aconteceu. O ratinho
Isso mudou há algumas semanas. O Jorge começou a desequilibrar-se, a ficar mais parado e a ter uma enorme dificuldade em subir as escadinhas para a comida. Pensámos que ele estava a ficar bem velhinho e tratámos logo de o deixar mais confortável, mas o estado dele piorou de repente. O que se seguiu foi uma longa noite e um dia ainda mais longo, até o Jorge decidir parar de lutar e entregar-se ao peso do cansaço da idade.
Enterrámo-lo debaixo de uma árvore no jardim em frente à nossa casa, embrulhado na sua caminha de algodão e feno. Com a emoção esquecemo-nos das sementes de sésamo, mas não faz mal: aposto que o céu dos ratinhos está cheio delas. Já em casa chorámos abraçados, esmagados pelo peso da morte do último dos bichinhos que nos acompanharam durante cinco anos. E depois o Pedro limpou-me as lágrimas e disse:
- E daquela vez que os ratinhos fugiram da casinha e o Tomás ficou para trás com medo?
E sorrimos. Os nossos ratinhos estavam novamente juntos, a correr livres pelo céu dos gerbos. À excepção do Tomás, que certamente tinha ficado para trás com medo de qualquer coisa.
Queques de limão e amêndoa
Ingredientes (para seis queques):
* 140g de farinha de trigo;
* Uma colher de chá de fermento;
* Meia colher de chá de bicarbonato de sódio;
* Uma pitada de sal;
* Duas colheres de sopa de amêndoa picada;
* Duas colheres de sopa de coco ralado (opcional);
* Um ovo;
* 60g de açúcar amarelo;
* Uma colher de chá de raspa de limão;
* 120ml de sumo de limão;
* Duas colheres de sopa de leite;
* Três colheres de sopa de óleo vegetal.
Confecção:
* Juntar a farinha, o fermento, o bicarbonato de sódio, o sal e a amêndoa picada (e o coco, se assim optarem);
* Noutra tigela bater o ovo com um garfo e juntar o açúcar amarelo, a raspa e o sumo de limão, o leite e o óleo vegetal, batendo bem entre cada ingrediente;
* Juntar a mistura líquida aos ingredientes secos e misturar com uma colher de sopa apenas até os ingredientes ficarem ligados;
* Colocar em forminhas para queques e cobrir com amêndoa picada;
* Levar ao forno pré-aquecido a 220º durante sete minutos, após os quais se baixa a temperatura para os 190º e se deixa cozinhar durante treze a quinze minutos.
Tenham uma boa Segunda-feira do queque (sim, agora são oficialmente queques!) :)