No entanto, efectivamente tínhamos alguns planos: a Irlanda, que concretizámos em Maio... E a Sardenha, onde íamos em Agosto com os meus pais.
Mas depois a vida aconteceu-nos. O Pedro mudou de trabalho e por isso ficou sem direito a ter mais férias este ano, e eu tive o descolamento da placenta às seis semanas de gravidez. Achei logo que ir para a Sardenha com um miúdo de três anos cheio de energia e os meus pais em pânico que algo corresse mal não era propriamente o que eu idealizava como umas férias de Verão relaxantes, por isso o plano mudou e os meus pais propuseram o Algarve.
Já não íamos ao Algarve fazer férias 'de praia' há mais de vinte anos (no ano passado fomos lá, mas em modo 'road trip'). À minha volta, toda a gente dizia que tudo era péssimo: muito caro, muita gente, muita confusão, praias assim-assim, restaurantes cheios e com mau serviço, etc etc etc. Mas nós achámos que podia ser uma opção interessante e, acima de tudo, acho que de certa forma quisemos matar saudades do tipo de férias que tínhamos quando eu era criança, quando os meus pais alugavam uma casa em Armação de Pêra, todos os dias o meu pai trazia pão quentinho com passas para o pequeno-almoço e passava dias infindáveis a brincar na piscina com os amigos que ia fazendo.
Não vou mentir: antes de partirmos, o Algarve sabia um bocadinho a plano B, principalmente quando via fotos das praias da Sardenha e suspirava por aquela água transparente. Mas mal lá cheguei esta sensação eclipsou-se por completo, e foi substituída por um entusiasmo brutal.
No fim, foram umas férias do caraças, e saí do Algarve completamente apaixonada por tudo (especialmente por este tipo de férias em que nada se faz!). Passámos os dias a pastelar entre a praia, a piscina do resort e a piscina da nossa villa, a dormir sestas e a encher o barriga, e no fim voltei a sentir-me feliz, completa e com a certeza de que quero voltar muito, muito em breve.
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