Nos últimos anos cheguei a viajar algumas vezes com os meus pais (ou só com a minha mãe) nesta altura do ano. Fomos a Viena, a Paris, a Londres e até a Hogwarts, em viagens que se tornaram memoráveis. Às vezes quando constituímos família 'para baixo' tendemos a esquecer que a nossa família 'para cima' também precisa de nós (e nós deles), e recordo todas estas viagens como momentos em que estive próxima dos meus pais e do meu irmão.
Em 2019 a Gabriela nasceu, em 2020 a pandemia começou, e com isso desde 2018 que já não viajávamos (desde a viagem épica a Londres que me fez regressar directa para o hospital, ainda com a cara borratada do rímel da noite anterior). Este ano, pelas razões óbvias, fez-nos sentido regressar. Mas onde?
A minha mãe sugeriu Londres, mas os voos estavam caros e os horários não eram óptimos. Depois pensámos na Suíça (onde o meu irmão está novamente a viver), mas íamos perder demasiado tempo em transportes (porque claro que queríamos ir para o chalé hiper recôndito com vista para as montanhas com neve). Não sei a quem ocorreu Marraquexe, mas mal se falou nisso soubemos que era a resposta: vôos baratos, horários óptimos, aeroporto perto da cidade, bons hotéis, calorzinho e um monte de actividades para fazer. Pronto, não houve neve nem mercados de Natal, mas houve quatro dias absolutamente incríveis com a minha mãe e um amor por Marrocos à primeira vista.
E era mesmo o que estávamos a precisar, mesmo que não o soubéssemos ainda. Mas sabemos agora.
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