Quando não tinha nada, eu quis.
Quando tudo era ausência, esperei.
Quando tive frio, tremi.
Quando tive coragem, liguei.
Quando chegou carta, abri.
Quando ouvi Prince, dancei.
Quando o olho brilhou, entendi.
Quando criei asas, voei.
Quando me chamou, eu vim.
Quando dei por mim, estava aqui.
Quando lhe achei, me perdi.
Quando vi você, me apaixonei.
Quando tudo era ausência, esperei.
Quando tive frio, tremi.
Quando tive coragem, liguei.
Quando chegou carta, abri.
Quando ouvi Prince, dancei.
Quando o olho brilhou, entendi.
Quando criei asas, voei.
Quando me chamou, eu vim.
Quando dei por mim, estava aqui.
Quando lhe achei, me perdi.
Quando vi você, me apaixonei.
O que eu sinto em relação a Barcelona não é segredo, e sinceramente não fui propriamente a esposa mais apoiante do mundo neste projecto do Pedro ir trabalhar para lá um mês. Mas sabia que nos ia custar horrores ficar afastados, por isso nem pensei duas vezes: peguei no Mati e lá fomos. Pelo caminho, a Joana e o Bernardo vieram também e aproveitámos para celebrar os anos da Joana.
Esta foi a minha quarta visita a Barcelona, a cidade que sempre achei desinteressante, a cidade que nunca me cativou, a cidade à qual não queria voltar. E mal saí do Cabify na rua do Pedro, apaixonei-me.
Apaixonei-me por tudo. Apaixonei-me pelo bairro onde o Pedro está a viver, Sarrià. Apaixonei-me pelo tiramisú gelado da Foix. Apaixonei-me pelo interior da Sagrada Família, que já não via há quase vinte anos. Apaixonei-me pelas tapas. Apaixonei-me pelo Matias a apaixonar-se. Caramba, até me apaixonei pelas Ramblas.
Não foi paixão 'à primeira vista' como na música. Mas foi exactamente como se fosse - aquela paixão que aparece de repente e vos tira o fôlego, vos deixa o coração a bater depressa e vos faz chorar de desespero quando termina.
Blessed be the mystery of love, como diria o Sufjan Stevens.
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