Hoje regressámos ao Centro de Saúde (acho que as colegas já estão cansadas de olhar para as nossas caras), e na sala de espera estava uma família com um bebé bastante semelhante ao Matias (e presumivelmente da mesma idade). O bebé estava a comer um bocad(ã)o de um croissant.
E eu julguei. E pensei na quantidade de crianças da idade do meu miúdo que eu vejo a comer porcarias ou a passear pelo supermercado às onze da noite. E senti-me melhor mãe. Tão melhor mãe. Tão preocupada. Tão razoável. Tão sensata. Tão boa. Devia ganhar uma medalha. Que boa. Palmas para mim.
Hoje ao jantar o meu filho comeu feijoada. Sim, feijoada. Lombinho de porco aos cubinhos, arroz branco, feijão preto, couves-de-bruxelas. Pimentão-doce, paprika, cominhos, coentros, salsa e um cheirinho de piri-piri.
Isto, mas com lombinho de porco e sem sal. Para nós e para ele.
No fim-de-semana comeu chili. Antes disso comeu arroz de pato. Antes disso comeu caril.
Quem sou eu para cuspir para o ar?