'Worst-case scenario: You spend a month without some foods you like.
Best-case scenario: You discover you are able to live healthier and better than you ever thought possible.'
Robb Wolf, The Paleo Solution: The Original Human Diet
Quando li sobre a dieta paleo pela primeira vez achei aquilo a maior parvoíce de todos os tempos. Sempre me irritaram argumentos como 'devíamos viver como viviam os nossos antepassados' (que morriam de peste e de neurossífilis e tomavam um banho por ano) ou 'os outros animais não comem estas coisas e não bebem leite' (mas também não têm escolas, hospitais e saneamento básico). Achei tudo aquilo uma ideia muito estranha, mas como não me compete julgar as opiniões dos outros simplesmente encolhi os ombros e pensei 'estes romanos são loucos'.
Parecem queimados, mas na verdade a massa era tão escura que isto é apenas o aspecto deles mais tostadinhos :) |
Vai daí, passei uma semana inteira a seguir religiosamente a dieta paleo. Comecei a um Sábado para evitar os efeitos do sugar craving durante um dia de trabalho, terminei na Sexta quando me presenteei com uma bela feijoada de tamboril e camarão ao jantar.
Apesar dos meus preconceitos prévios, a verdade é que actualmente a dieta paleo está bastante bem fundamentada a nível cientifico (como vão poder comprovar com o guest post do Pedro), e por isso foi relativamente fácil segui-la sem ficar com medo que me achassem tolinha. A semana foi divertida, inventei receitas novas e originais e senti-me sempre bem, e quando chegou a Sexta-feira confesso que senti alguma vontade de continuar a experiência.
Não o fiz de um modo restrito. Não pretendo incluir-me em nenhum grupo específico e não gosto de rótulos alimentares, por isso tornar-me 'paleo' parece-me demasiado drástico para alguém que sempre gostou de comer um pouco de tudo. Apesar disso, aprendi muito com esta experiência e não tenho dúvidas que alguns destes conhecimentos serão aplicados a partir de agora (até porque o Pedro continua a fazer alimentação paleo, por isso muitas vezes partilhamos as refeições dele!) :)
Deixo-vos com uma receita bem sucedida e surpreendente: queques de frutos vermelhos paleo. Sem glúten e sem açúcares refinados, mas cheios de sabor. Saudáveis e deliciosos. Naturais como a alimentação dos nossos antepassados, mas sem aquelas chatices todas da peste e da neurossífilis :D
Queques de frutos vermelhos paleo (receita adaptada do blog 'Bravo for Paleo')
Ingredientes (para seis queques):
* Uma chávena mais cinco colheres de sopa de farinha de amêndoa (amêndoa moída);
* Uma pitada de sal;
* Meia colher de chá de bicarbonato;
* Dois ovos;
* Duas colheres de sopa de mel;
* Uma colher de chá de essência de baunilha natural;
* Duas colheres de sopa de manteiga;
* Duas colheres de sopa de leite de amêndoa;
* Meia chávena de frutos vermelhos;
* Uma colher de chá de canela.
Confecção:
* Juntar a farinha de amêndoa, o sal e o bicarbonato e misturar bem;
* Noutra tigela bater bem os ovos com o mel e juntar a baunilha, a manteiga derretida e o leite de amêndoa, misturando bem;
* Misturar cuidadosamente os ingredientes líquidos com os ingredientes secos e envolver os frutos vermelhos e a canela;
* Colocar em forminhas e levar ao forno pré-aquecido a 180º durante vinte minutos.
Espero que gostem! :D