Quando a Célia mandou as fotos da festa dos piratas houve uma parte de mim que pensou que não devia ter amarrado a camisola 'porque a minha barriga não estava grande coisa'. Este pensamento durou um segundo, mas existiu, boiou um bocadinho pela minha mente e fez-me pensar.
Na minha vida adulta já tive 42 quilos (durante a anorexia) e já tive uns 100 quilos (no fim da gravidez da Gabriela, deixei de me pesar nos 95). Ganhei uns 30 quilos na gravidez do Matias (que perdi dois anos depois) e algo do género na gravidez da Gabriela (que demorei um ano a perder). Tive dois filhos. Já submeti o meu corpo a tanta coisa, e aqui está ele. Saudável. Forte. Com um peso normal.
O meu corpo pega nos meus filhos, faz flexões, tira fotografias com a Gabriela no colo, trabalha, faz urgências, corre para acompanhar o ritmo da vida. O meu corpo funciona bem e não me dá chatices, além das normais do dia-a-dia.
E o meu corpo está assim. Faço o que posso por isso. Treino duas ou três vezes por semana, alimento-me bem, durmo as horas que preciso e bebo água. Também como doces, bebo uns copos de gin de vez em quando e adoro passar os serões deitada no sofá a planear festas enquanto o Pedro joga PES.
Dou o meu melhor, e é isto que temos. E é uma grande coisa.