Ontem fui buscar o Matias à escola e fomos para a praia. A ideia original era só ficar uma meia horita, mas estava um fim de tarde tão tão tão bom que passámos lá três horas e só voltámos para casa mesmo à hora de jantar. A praia estava praticamente vazia, estava uma brisa mesmo boa, a Joana acabou por ir lá ter para conversarmos um bocadinho e até comemos a primeira bola de Berlim do ano.
A caminho de casa dei por mim a pensar que nunca estive tão feliz.
Eu sei que tenho sempre esta conversa, e imagino que comece a roçar o irritante ou a parecer mete-nojice tanta felicidade. Mas juro que nunca me senti tão agradecida, tão contente, tão... Completa.
Nunca achei que a pandemia fosse tornar as pessoas diferentes no geral, mas sinto que, no meu caso, me apercebi de algumas coisas. Por exemplo, sempre achei que viajar era para mim imprescindível e não conseguia imaginar a minha vida sem isso, mas agora não sinto grande falta. Sentia falta de sair, de passear, de andar a correr atrás do Matias com a Gabriela na mochila. De viajar, nem por isso. Sempre achei que ia priorizar as viagens do ponto de vista financeiro, mas agora de repente arranjar uma casinha maior com quintal e tal começa a parecer muito mais tentador, mesmo que isso implique viajar menos ou não viajar de todo. Isto que aqui temos chega-me.
E talvez isto não surpreenda muito quem me conhece, mas o que sinto é que a minha transformação em alguém que vive para as minhas pessoas está a ficar completa. E não quero saber se isto me faz soar 'anulada' ou 'aborrecida', porque garanto-vos que não sou nenhuma dessas coisas: sou simplesmente uma pessoa feliz, genuinamente feliz, com estar em casa rodeada pelos meus. Não sou dependente dos meus filhos, não estou a desistir de mim ou todos os preconceitos que existem contra as pessoas que optam por ser mães ou pais a tempo inteiro. Simplesmente gosto de trabalhar, mas gosto muitíssimo mais de estar em casa.
Apesar disso, há que regressar ao trabalho daqui a três meses. O internato não se faz sozinho, e a verdade é que também não me sinto propriamente como se estivesse a ir para a forca. Vou morrer de saudades destes meses todos que passei em casa dedicada a mim e à minha família? Sim. Mas também vai ser sinal do crescimento de todos: a Gabriela vai entrar na creche, o Matias vai passar para a pré-primária e fazer novos amiguinhos e nós vamos gerir pela primeira vez as consultas, dias de urgências e afins com dois filhotes, também há algo de vagamente aventureiro e entusiasmante nisso.
Até lá, estou a aproveitar todos os minutinhos como quem sabe o quão preciosos são e o quanto passam depressa.
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O Matias derretido com o Nico, o gato do meu irmão :D |
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A mostrar o dragão ao gato :D |
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A pegar no gato :D |
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O Matias odeia que lhe cantem os parabéns, e este ano recusou-se a estar presente. Não vou dizer a quem é que ele sai ao paizinho. |
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Lá o convencemos a vir soprar a vela, mas reparem no ar contrariado :) |
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Entretanto trocámos o turno: os meus pais, o meu irmão e a minha cunhada saíram às 14h e nós desinfectámos lugares de passagem, trocámos comidas, enchemos sumos, arrumámos e preparámo-nos para a chegada da minha sogra, do companheiro, da minha cunhada, da Joana e do Bernardo. Aqui a prenda da minha sogra, que se tornou o brinquedo preferido do Matias no último mês :D |
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Juntamente com esta prenda do meu irmão :D |
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Matias conseguiu ganhar ao dinossauro :D |
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A minha sogra a matar saudadinhas da Gabi :) |
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Vídeochamada com o avô do Pedro :) |
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A malta crescida quis jogar... Ao Mauzão :D |
Bons feriados malta :D