Por aqui temos passado os dias em grandes conversas e reflexões. A preocupação com o ensino da inclusão e da empatia pelo outro sempre existiu cá em casa, mas confesso que não de uma forma particularmente teórica: ou seja, no nosso grupo de amigos, na escolinha do Matias e nos livros infantis cá de casa há pessoas de várias idades, tamanhos, orientações sexuais e cores, mas nunca parámos para lhe explicar activamente a diferença porque queríamos que o Matias não a visse. Queríamos que para ele toda a gente fosse igual, e por isso nunca lhe dissemos 'este menino é negro' ou 'estes pinguins são gays' - o menino é um menino e os pinguins amam-se e pronto.
Esta semana ensinou-me que isso não chega. Não chega, quando falamos com amigos nossos e eles dizem que não se sentam em frente a pessoas negras no metro. Não chega, quando a grande maioria das pessoas chama ao bege 'cor da pele'. Não chega, quando continuo a ouvir 'pois, foi horrível o George Floyd ter morrido
mas as manifestações violentas têm de acabar'.
Isto que fazemos não chega, e sabem porquê? Porque os outros não o fazem nas suas casas. Em casa dos meus pais nunca houve um único comentário racista. A pancada da minha família parecia circunscrita aos violadores, e por isso eu nunca ouvi coisas como 'cuidado porque os pretos assaltam-te', como alguns dos meus amigos. O Matias e a Gabriela nunca ouvirão isso de nós. Mas não chega, e os últimos dias mostraram-me que vamos ter de ser mais activos. Ou, como se tem dito por aí, não ser racista não é suficiente: é preciso ser activamente anti-racista.
Como? Aprendendo. Ouvindo. Estando aberto e disponível para pensar, para questionar. Falando às nossas crianças sobre a injustiça, sobre a diferença, sobre as mudanças que já aconteceram e as que precisam desesperadamente de acontecer. Doando a entidades certificadas que trabalham na área do racismo. Exigindo da classe política soluções, acções e intervenções. Não deixando passar comportamentos racistas de quem nos rodeia.
Por aqui, continuaremos a fazer a nossa parte. Para que os nossos filhos possam um dia não ver a diferença.
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A ler outro livro de dinossauros |
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A testar um chapéu que a minha mãe trouxe |
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O brinquedo preferido da Gabriela :) |
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A encher o balão do Woody :) |
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A abrir as prendinhas :D |
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Ainda não estava nada convencida a Gabriela |
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A Gabriela numa pose reivindicativa :D |
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<3 |
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Prendinhas para o Matias :) |
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Mais prendinhas :) |
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Gabriela <3 dedos |
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A brincar às lutas ¯\_(ツ)_/¯ |
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Mais um livrinho de dinossauros |
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Recebeu uma máscara :) |
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E uma tela para os seus desenhos artísticos :D |
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Entretanto chegou a Joana (a minha cunhada) e trouxe com ela o Nico, o gato que ela e o meu irmão adoptaram :) É tão pequenino e fofo :) |
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:) |