3 de julho de 2019

Pregnancy Diary #19

Quando estava a trabalhar e pensava no que faria quando viesse para casa, só me ocorria isto:

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Entretanto vim para casa há uma semana, e ainda não parei. Aproveitei os (poucos) dias de sol para lavar (alguma da) roupa de bebé do Matias que vai ficar para a miúda, fiz o relatório de neuropediatria, ultimei os detalhes da festa da Joana (incluindo trabalhos manuais variados), levei o Mati a experimentar uma aula de judo (ele não ficou amazed), fui ao cabeleireiro, fui entregar brinquedos antigos do Matias às voluntárias do meu hospital, fiz sopa, adiantei jantares, fui ao Leroy Merlin levantar o candeeiro da pimpolha (fun fact: sempre disse Lerói Mérlin, mas aparentemente parece que é Lerruá Merrlan), fui almoçar sushi com um amigo, cozinhei mil cenas para a festa, montei tudo na casa da piscina da Joana com a ajuda preciosa do Bernardo, arrumei os mil sacos de coisas de festas que sobraram na nossa arrecadação, fui aos correios buscar a roupa que comprei online e ontem fomos ao Ikea comprar um armário para o quarto da miúda, e depois de demorarmos três horas lá (o Pedro estava particularmente entusiasmado) ele ainda quis chegar a casa e montar o candeeiro e o armário, o que nos demorou umas cinco horas.

Hoje tinha uma massagem para grávidas marcada de manhã (o meu irmão ofereceu-me um voucher nos meus anos, fofura da mana), e quando cheguei lá a moça pareceu confusa e perguntou se não me tinham ligado ontem. Respondi que efectivamente alguém ligou às 21h, mas já estava a dormir (true story, ainda abri o olho mas como não conhecia o número não me apeteceu atender). E ela disse que ligaram para avisar que a massagem tinha sido desmarcada porque a menina só podia ir de tarde.

Apeteceu-me chorar ali. Depois da massagem ia directa para o yoga para grávidas, depois ia comprar um soutien (um dia escrevo sobre os dramas dos soutiens na gravidez), depois precisava de ir aos correios mandar uma encomenda urgente para a festa de aniversário da minha mãe. Hoje o Pedro só chega a casa às 20h, o que quer dizer que é preciso adiantar o jantar, ir buscar o Matias, brincar aos lobos e às hienas e aos piratas durante três horas, dar-lhe banho e deitá-lo, sozinha.

Eu precisava daquela massagem.

Nesse aspecto, sinto que esta gravidez está a ser muito menos relaxante do que a anterior. Na grande maioria dos dias o Matias chega à creche por volta das 10h e vem para casa às 16h, e durante essas seis horas eu ando de um lado para o outro a fazer bodeguices. E estou tão, tão, tão cansada.

Preciso desesperadamente de me atirar para uma toalha e ficar a apanhar sol na praia, a sério.