Até que a infame viagem ao Quénia aconteceu e eu percebi que claramente não estávamos na mesma onda. E resolvemos esta problemática como resolvemos todas as questões da nossa relação - com um acordo de cavalheiros.
Depois de casarmos concordámos que todos os anos fazíamos duas viagens juntos: uma para fora do país e outra cá dentro. O Pedro tinha um maior poder de decisão nos destinos (not a problem porque eu gosto de tudo!), e eu fazia as outras viagens que quisesse com os meus amigos ou a minha família.
Curiosamente, a partir desse momento as nossas viagens começaram a ser muito mais giras, provavelmente porque o Pedro deixou de se sentir pressionado para gostar dos sítios e eu deixei de me sentir pressionada para o fazer gostar dos sítios.
E eis que chegou a Irlanda. A Irlanda tinha muita pressão. A Irlanda era a viagem de celebração do fim da especialidade do Pedro e da minha gravidez. A Irlanda era a viagem da catarse depois dos meses difíceis anteriores. A Irlanda era muito possivelmente a única viagem do ano (estou de rastos de cansaço). A Irlanda tinha de sobreviver às altas expectativas que ambos tínhamos, e simultaneamente à extrema preguiça em que ambos nos encontrávamos.
No fim, a Irlanda foi uma viagem do caraças. Mesmo com a pressão. Mesmo com o cansaço. Mesmo com as expectativas. Foi mesmo, mesmo bom.
Dublin
|
|
Glendalough, Wicklow Mountains, Kilkenny, Rock of Cashel e Cahir
|
|
Cork, Cliffs of Moher e The Burren
|
|
Connemara National Park
|
|
Galway, Clonmacnoise e Trim
|
|