Esta semana teve direito a umas quantas aventuras. A meio da semana apanhámos todos uma virose, com direito a narizes entupidos e noites mal dormidas, e ainda estamos em fase de recuperação. Entretanto ontem estávamos a brincar às apanhadas e eu escorreguei e dei um trambolhão descomunal, de tal forma que todo o lado esquerdo do corpo me dói. E não deixa de ser curioso, porque quando conto isto aos meus amigos e à minha família toda a gente reforça que eu não devia estar a brincar às apanhadas ou outras coisas do género (como dar colo ao Matias, o que faço imenso), e eu fico um bocadinho intrigada sobre todo este receio, como se não estivéssemos biologicamente preparados para ter vários filhos.
O Matias foi preparado para ter irmãos desde sempre. Sempre lhe dissemos que um dia ele ia ter manos como os meninos das histórias ou alguns meninos da turma dele, e sempre focámos com ele o quão fixe é ter um mano (embora também fizéssemos questão de lhe mostrar que os bebés são basicamente uma seca do ponto de vista dele). E nada disto é forçado, porque efectivamente nós achamos que um irmão é uma das melhores coisas que nós podemos ter na vida.
Por outro lado, também temos tentado que o Mati passe esta fase de uma forma o mais tranquila possível. Confrontámo-nos com o facto de ele ter de trocar de cama (porque ainda dormia na cama de grades, que daqui a uns bons meses passará para a feijoca), e decidimos trocá-lo já, para ele não associar a passagem à chegada de um novo elemento. Para isso usámos a técnica que usamos sempre: agir como se aquilo fosse a cena mais fixe de sempre. Pusemos todos os brinquedos e cobertores com que o Matias dorme (que são tipo uns dez peluches e uns seis cobertores) na cama nova (que estava no quarto de hóspedes que usamos como lavandaria) e mostrámos-lhe como cabiam todos ali mais confortáveis, comprámos uns lençóis super giros com o Darth Vader (que o Matias adora) e montámos tudo com a ajuda dele. A passagem oficial foi ontem e foi uma animação para o Matias, que mal podia esperar para ir dormir para a sua cama nova 'de crescido'. É claro que às cinco da manhã apareceu no nosso quarto a dizer 'mamã, chamaste-me?', mas nada que um novo ajeitar dos cobertores e beijinho de boa noite não resolvesse.
Até agora esta técnica tem resultado com quase tudo: quando o Matias vê que estamos super entusiasmados com alguma coisa, fica entusiasmado também. E por isso tem sido natural ele também andar entusiasmado com esta fase, até porque efectivamente para ele nada mudou - e no que depender de mim continuará a ter tanto colo e apanhadas que ele quiser, mesmo à custa de uns quantos trambolhões :)
Esta semana vamos receber os resultados da sexagem fetal, e eu confesso que estou muito expectante. Ao contrário do que parece ser o feeling global da malta, eu não quero ter uma menina. Aquela ideia do equilíbrio e tal e tal não me atrai, e gosto tanto de ser mãe do Matias que só queria mesmo era ter outro rapaz. Não sei bem explicar porquê, mas talvez porque eu própria nunca me tenha sentido particularmente feminina. Acho que no geral a relação que as meninas têm com as mães é completamente diferente da que têm os rapazes (e mais próxima ao longo da vida também), mas sinceramente vivo bem com isso. Por outro lado, sinto instintivamente que a feijoca é menina, mas a boa notícia é que vamos ter vários meses para nos adaptarmos à ideia. E nem tudo é mau: se for menina o nome vai ser quase automático... Já se for menino cheira-me que vamos andar meses a discutir :)
E pronto, são as novidades por aqui! Já a postos para uma nova semana :D