No Sábado o Pedro regressa. No Domingo eu vou para Londres, de onde regresso na Terça de madrugada, dia em que o Pedro está de banco. Temos jantares de Natal na Quarta, na Quinta e na Sexta. Na Sexta o Pedro opera até às 21h. No Sábado temos a festa de Natal da creche. No Domingo o Pedro vai para fora novamente. Regressa na Segunda, dia em que eu estou de banco. Na Terça o Pedro está de banco.
SOCORRO.
SOCORRO.
SOCORRO.
Eu sei que isto é uma chorice pegada, bububu coitadinha de mim que tenho um trabalho e um marido e uma família e vou viajar bububu. Mas sinto falta de passar mais tempo com o Matias. Por um lado, nestas fases sinto que todo o tempo e toda a energia que temos são canalizados para ele, o que acaba por permitir que passemos tempo de qualidade juntos na mesma. Por outro, o tempo nunca chega e sabe sempre a pouco, e acabo por ficar com aquela sensação de não estar a ser suficientemente boa mãe, suficientemente boa médica, suficientemente boa esposa, suficientemente boa a comprar as prendas de Natal que estão mega atrasadas, etc.
Inicialmente o projecto para o meu 30º aniversário (falta um mês!) era viajar no fim-de-semana, mas rapidamente boicotei este plano: confesso que nesta fase só me apetece mesmo ficar em casa a pastelar, sem grandes responsabilidades, a fazer as coisinhas do costume e as tarefas mundanas de sempre, a brincar às hienas e a ver o filme da Vaiana pela centésima vez.
Porque ir é muito bom, mas agora apetece-me mais ficar.
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