Entretanto esta semana começou com dois dias tranquilos, seguidos de dois dias absolutamente péssimos com milhões de consultas horrivelmente pesadas. Ontem estive num hospital a dar consultas de manhã, fui para outro hospital dar consultas de tarde, uma das quais durou três horas (TRÊS. HORAS.) e hoje o cenário repetiu-se (sem a consulta de três horas), com a agravante de não ter almoçado e ter tido duas horas de Krav Maga (das quais trinta minutos foram passados a correr).
E eu não me estou a queixar, atenção. Sinto-me bem, estou bem, a nossa vida até anda calminha (isto de levar com uma barata voadora realmente faz-nos pôr tudo em perspectiva) e temos dado um avanço brutal à lista dos 250 melhores filmes do IMDb. Estou só a tentar explicar-vos a razão de ter chegado ao carro hoje às 21.30h, cheia de pressa para chegar a casa porque o Pedro sai a essa hora para jogar futebol, a sonhar com o momento em que me ia atirar para o sofá desesperada de cansaço, e ter pensado:
'Credo, preciso mesmo de férias'.
Preciso mesmo de férias, pensa a pessoa que literalmente acabou de chegar das férias.
Ainda ia no carro quando deu o 537 Cuba dos Orishas, e daí a ficar a sonhar com ir a Cuba foi um tiro (na verdade fui lá com cinco anos, mas tenho poucas memórias).
Não me recordo de alguma vez me ter sentido assim, sou sincera. Talvez porque sempre me foquei no projecto seguinte, no objectivo seguinte, na viagem seguinte, na aventura seguinte, e agora dou por mim sem grandes ideias. Temos mais três viagens programadas até ao fim do ano, mas são coisas pequeninas (e só uma delas é que é a um sítio que não conhecemos). O próximo ano vai ser muito complexo: o Pedro faz o exame de saída da especialidade, temos de decidir onde vamos viver (neste momento há várias opções), arranjar trabalho, mudar-nos, se tudo correr como gostaríamos vamos ter outro filho, e não há grande espaço para pensar em viagens porque na verdade todo o ano é uma incógnita tremenda. Uma incógnita boa, mas difícil na mesma.
Talvez seja por isso que estou tão cansada. Talvez seja porque o Bernardo está no Porto até Dezembro, a Joana está a trabalhar tanto que já não a vemos desde que regressámos de Sesimbra, os nossos pais estão longe e na vida deles e nós sentimo-nos sozinhos e assoberbados com isto. Talvez seja porque ando a chegar tarde a casa e só consigo estar uma hora com os meus rapazes (porque de manhã o Pedro não está e à tarde o Matias deita-se muito cedo), e por isso sinto falta do colinho deles (de dar e de receber).
Só sei que estivemos em Sesimbra há duas semanas, mas eu era capaz de jurar que foi há dois meses.
Preciso mesmo de férias. Ou de Sesimbra. Ou de ambos.
Quero só salientar que não fazíamos ideia que a Joana estava a tirar as fotos :) |
<3 |
Freud explica :D |
A brincar às escondidas :D O Matias é óptimo nisto SÓ QUE NÃO :D |
A brincar à apanhada :D |
Isto soa histérico, mas só me apetece chorar de felicidade quando vejo isto |
A lendária carbonara do Bernardo :D |
E pronto, vou fechar a matraca e continuar a mostrar as fotos!
Da última vez que o Pedro fez a prova de cervejas no Forte eu estava grávida do Matias e tive de pedir um chá :D |
Mas agora vinguei-me :D :D :D |