Há dois anos que não ia ao congresso nacional da minha especialidade. Fui em 2015 (foi em
Vila Real), em 2016 estava de licença de maternidade (foi em Évora, salvo erro) e em 2017 estava de férias em
Santorini (foi em Viana do Castelo), por isso quando comecei a planear as viagens deste ano sabia que o congresso nacional seria obrigatoriamente uma delas. Além disso, tinha imensa curiosidade para conhecer a Madeira, por isso pareceu-me uma óptima oportunidade para juntar o útil ao agradável.
(O congresso do próximo ano vai ser em Guimarães, mas não devo conseguir ir novamente porque calha numa altura que se adivinha muito dramática cá em casa por causa do exame de saída do Pedro.)
Há uns anos o Pedro tinha ido à Madeira (o pai dele trabalhava lá na altura) e não gostou nada (nem sei bem porquê, coisas de peixe morto provavelmente). Vai daí, eu tinha as expectativas relativamente contidas em relação à ilha (ou tão contidas quanto consigo tê-las, o que não é assim muito). Tinha visto algumas informações sobre a ilha (um grande eufemismo para dizer que li o Lonely Planet duas vezes, procurei montes de informações e não calava a matraca a falar do que queria ver), também queria aproveitar para descansar um bocadinho e acima de tudo sabia que ia passar grande parte do tempo a trabalhar, quer dentro do congresso quer fora (porque tinha uma apresentação para preparar) (no fim não preparei um bacalhau da apresentação, mas #noregrets).
No fim do primeiro dia do congresso fui beber uma cerveja com as minhas colegas à Praia Formosa, e enquanto víamos o pôr-do-sol lembrei-me da famosa frase dos meus pais:
'A nossa viagem preferida de sempre? A última e a próxima.'
E naquele momento juro que concordei com eles. E talvez a Madeira só seja a minha viagem preferida até chegar a próxima... Mas as memórias felizes já não vão a lado nenhum :D
Foi uma viagem do caraças :D