You must remember this,
A kiss is still a kiss,
A sigh is just a sigh.
The fundamental things apply as time goes by.
A kiss is still a kiss,
A sigh is just a sigh.
The fundamental things apply as time goes by.
And when two lovers woo,
They still say 'I love you',
They still say 'I love you',
On that you can rely.
No matter what the future brings,
No matter what the future brings,
As time goes by.
Frank Sinatra
Trabalhar diariamente com miúdos faz-me sentir constantemente velha e desactualizada. De facto, não é assim tão raro dar por mim nas consultas com adolescentes a questionar-me:
'Será que era assim que os meus pais se sentiam quando eu falava destas coisas?'.
Primeiro, temos as redes sociais. Já não é só o Facebook, o Instagram e o Twitter: agora há também o Tumblr, o Ask, o Snapchat, o Flickr, o WhatsApp, o Grindr ou o Tinder.
Depois, temos a música: as Beliebers, as Directioners, as Swifters, as fãs da Ariana Grande e das suas orelhas de gato, as adoradoras da Nicky e as suas arqui-inimigas, as seguidoras da Miley.
Por fim, há todos os dramas envolventes. As Directioners sofrem porque o Zayn foi embora (ou, como disse uma doentinha minha, 'nós temos todas que nos unir neste que é um dos piores momentos das nossas vidas') e as Beliebers odeiam a Selena Gomez e boicotam a série Supernatural.
As mensagens trocadas no Ask dão origem a crises de choro intermináveis e as fotos mandadas pelo Snapchat criam dúvidas existenciais implacáveis.
E, pelo meio, é por vezes difícil criar empatia com o que parece ser toda uma geração de pessoas histéricas e fúteis.
Mas depois puxo o filme para trás. Vejo-me a explicar aos meus pais o que era o mIRC, a contar-lhes que conseguia tirar músicas da internet com o Kazaa e a ignorar as queixas de que falava a toda a hora com os meus amigos no MSN Messenger. Vejo-me a curar os desgostos de amor com mensagens enviadas em conferência para o meu grupo de amigas e a trazer para casa o diário que todas partilhávamos e onde escrevíamos com canetas de cheirinhos como a nossa vida era triste e como os nossos pais eram chatos e autoritários.
Vejo-me a ser histérica e fútil. Como uma boa adolescente.
E sim, era assim que os meus pais se sentiam quando eu falava disto: exactamente como eu me sinto agora, quando parece que vivo num planeta diferente dos meus miúdos. Mas também é assim que a minha avó se sente quando, após longos anos a comer pão feito da forma tradicional, vê os meus pais a fazerem pão com uma mistura já preparada na máquina de fazer pão.
'Realmente, já nada é como antigamente', pensa a minha avó a olhar para os meus pais. E pensam eles a olhar para mim. E penso eu a olhar para os meus miúdos. E pensarão um dia eles, quando crescerem.
Mas no meio do choque de gerações, há uma coisa que se mantém constante: o sabor delicioso de um pão acabadinho de fazer :)
Pão de sementes
Ingredientes:
* 500g de farinha preparada para pão integral;
* 330ml de água morna;
* 50g de sementes de chia;
* 30g de sementes de sésamo;
* 40g de sementes de linhaça.
Confecção:
* Juntar a farinha com a água morna e amassar bem;
* Juntar as sementes e envolver;
* Colocar num recipiente, cobrir com um pano limpo e sexo e levar ao forno pré-aquecido a 50º e posteriormente desligado durante uma hora ou até a massa dobrar de volume;
* Retirar, colocar na forma pretendida (usei uma forma de bolo inglês) e levar novamente a levedar durante uma hora;
* Cozinhar no forno pré-aquecido a 220º durante trinta a quarenta minutos.
Até amanhã! :D