I want to heal, I want to feel,
What I thought was never real.
I want to let go of the pain I felt so long,
Erase all the pain 'til it's gone.
I want to heal, I want to feel,
Like I'm close to something real.
I want to find something I've wanted all along,
Somewhere I belong.
Linkin Park
Não é fácil ter uma alimentação saudável.
De um lado temos as pessoas que nitidamente não se preocupam com a alimentação saudável, que fazem bifes 'grelhados' em óleo e manteiga, que não comem o pequeno-almoço, que não comem sopa nem legumes e que comem taças enormes de cereais açucarados sem pestanejar. Para essas pessoas, nós somos os maluquinhos.
Do outro lado temos as pessoas que são obcecadas com a alimentação saudável, que só comem aveia, claras, batata-doce e quinoa, que não tocam num hidrato de carbono (principalmente se não for integral!), que acham que uma colher de chá de azeite entope uma coronária e que não comem nem um grama de açúcar. Para essas pessoas, nós somos os pouco saudáveis.
Para nós, tanto uns como outros são os maluquinhos: uns porque não se importam com a sua saúde física, outros porque estão a descurar a sua saúde mental.
Não me interpretem mal: eu já fiz parte dos dois grupos. Nunca grelhei bifes em óleo e manteiga e nunca comi uma batata-doce (até porque o Pedro diz que a batata-doce tem um sabor parecido com a castanha e eu odeio castanhas!), mas durante o meu percurso de vida passei indubitavelmente pelos dois grupos.
Já experimentei ser relaxada e acabei gordinha e viciada em docinhos. Já experimentei ser obcecada e acabei magrinha e infeliz. Agora não sei bem em que grupo me insiro: num mundo em que as pessoas insistem em etiquetar os outros com rótulos de 'preto' e 'branco', eu sou um orgulhoso e feliz cinzento.
Como fruta e legumes, como cereais integrais, como leguminosas, como pão integral, como proteínas magras, uso uma quantidade aceitável de gorduras e como uma porção adequada de hidratos de carbono. Mas também como pizza, como gelados, como sobremesas, como bolachinhas caseiras e como muffins.
Demorei muito a chegar aqui, mas garanto-vos que finalmente tenho uma alimentação que me faz sentir genuinamente feliz, equilibrada e saudável.
Hoje trago-vos estes mini-hambúrgueres de peru, feitos com a carne que sobrou dos croquetes de peru e salpicão. Optei por grelhar os hambúrgueres enquanto os croquetes estavam no forno, e depois de arrefecerem congelei-os. Num dia mais apressado e preguiçoso foi só fazer o acompanhamento, e ficámos com uma refeição bem deliciosa, saudável e equilibrada :D
Mini-hambúrgueres de peru
Ingredientes (para dois mini-hambúrgueres, que cá em casa foram suficientes para duas pessoas):
* 120g de peito de peru picado;
* Uma rodela de salpicão;
* Meia cebola picada;
* Um dente de alho picado;
* Uma pitada de sal;
* Uma pitada pequena de noz-moscada;
* Meia colher de chá de pimentão-doce;
* Meia colher de chá de paprika;
* Meia colher de chá de salsa picada;
* Um fio de azeite.
Confecção:
* Juntar o peito de peru picado, a rodela de salpicão, a cebola e o alho e picar na picadora;
* Temperar com o sal, a noz-moscada, o pimentão-doce, a paprika e a salsa picada;
* Moldar dois mini-hambúrgueres e grelhar com um fio de azeite.
Acompanhámos com cenoura crua inteira, não fotografada. Andamos a ficar completamente viciados em comer cenouras cruas :)
Até amanhã :D