10 de novembro de 2016

Bem, vou tentar começar por algum lado.

Lembro-me de estar grávida e ter visto um livro do Bolinha numa das 38476241 vezes em que fui à Fnac comprar livros infantis (por falar nisso, tenho efectivamente um problema sério e estou a pensar em criar um grupo de apoio para compradores compulsivos de livros infantis. Mas adiante.).

Na altura achei o livro absolutamente estupidificante. E lá vim embora, com um livro sobre o corpo humano numa mão, um atlas do mundo na outra e demasiadas certezas na alma: o meu filho nunca iria ler aquelas coisas totós. Devia achar que aos três anos já ia ver o miúdo a recitar Shakespeare, não sei.

Um dia, trouxe um dos livros da biblioteca. 'Mas não odiavas o Bolinha?' - perguntou o Pedro. 'Bem, este até parece giro, deixa lá ver.' - respondi eu, ainda céptica. Depois disso esse livro veio morar cá para casa (já agora, é o 'Vamos brincar com o Bolinha') e decidiu trazer um amigo (que é o 'O Bolinha adora a Mãe'). Também trouxe da biblioteca o 'O Bolinha e a Caça ao Tesouro' e é muito giro, embora seja demasiado extenso para o Matias nesta fase (a meio o coitado já está desesperado a tentar lamber o livro).

E já dou por mim a pensar que o Bolinha dava um óptimo tema para a festa do terceiro aniversário do Matias (só para vos actualizar, a festa do primeiro aniversário é sobre o Star Wars - e já comprei um montão de coisas - e a do segundo é sobre a Rua Sésamo). Eu, que até dizia que tinha de aproveitar os dois primeiros anos do miúdo para lhe impingir este tipo de temas, porque depois ia gramar com o Bolinha e a Patrulha Pata.

Eu, que agora canto livros da Dory e do Mickey, que conto a história do cão que vai viajar pelo mundo, que mostro os pop-ups dos dinossauros e que leio e releio todos os livros do Elmer (também um forte candidato para a festa do terceiro aniversário).

Eu, que guardei os livros eruditos no armário porque há tempo para eles mais tarde.

Agora é altura de ler os livros do Bolinha.