Ora actualmente recomenda-se a introdução das comidinhas entre os quatro e os seis meses, e como o Matias já nem estava a fazer leite materno e estava nitidamente a precisar de um maior aporte calórico (voltou a acordar bastantes vezes durante a noite, bebia 210ml de leitinho de duas em duas horas...) a pediatra sugeriu iniciarmos as sopinhas.
Começámos há sensivelmente três semanas e até agora foi assim:
Primeira sopa: batata, cebola, cenoura.
Segunda sopa: batata, cebola, cenoura, abóbora.
Terceira sopa: batata, cebola, cenoura, courgette.
Quarta sopa: batata, cebola, cenoura, courgette, brócolos.
Quinta sopa: batata, cebola, cenoura, couve-lombarda.
Faço a sopa sempre da mesma forma: aproximadamente 200g de batata, meia cebola e 300 a 350g dos outros legumes. Vai tudo para a Jullie, junto 1300 a 1500ml de água e é só programar e deixar cozinhar. Estas quantidades dão para quatro sopas do Matias (com cerca de 150-180ml cada uma) e mais uma quantidade simpática de sopa para nós (talvez duas ou três sopas grandes). Até agora tenho comprado vegetais biológicos, que lavo muito bem e não descasco (a casca tem fibras). Junto uma colher de chá de azeite antes de servir a sopa.
Tem sido uma aventura gira. Inicialmente tivemos alguns problemas com a colher que comprámos (uma daquelas próprias para bebés), mas quando passámos para uma colher de chá normalíssima ficou tudo melhor. Também tivemos dificuldades em adaptar-nos à cadeira da papa, por isso agora optámos por dar-lhe a sopinha ao colo. É preciso fazer um montão de palhaçadas para ele comer, mas na verdade não nos podemos queixar porque no fim o prato fica limpinho e o miúdo fica aparentemente satisfeito. Ainda estamos a ambientar-nos todos às novas rotinas e ainda vamos directamente da mesa da cozinha para a banheira, mas na verdade (e tendo em conta as nossas expectativas) está tudo a correr razoavelmente bem.
Inicialmente começámos a sopinha à noite, mas o miúdo passou a acordar cheio de fome de madrugada e passámos a dar a sopa ao almoço. A sopa com abóbora foi um grande fiasco (daí termos feito com cenoura a partir daí), mas estamos a pensar voltar a introduzir a abóbora na próxima sopa (possivelmente com couves-de-bruxelas).
Também já estamos a preparar a introdução da papa, que vai ser durante a próxima semana. Depois de explorarmos as opções em relação às papas de compra e de vermos os ingredientes, concluímos que vamos fazer as papas em casa. Querem ver porquê?
Ingredientes de uma papa sem glúten recomendada a partir dos quatro meses (primeira papa):
* Cereais 56% (amido de milho e farinha de arroz)
* Açúcar - pumbas, só assim em segundo lugar que é para o miúdo de quatro meses que bebe leite e come sopa sem sal começar a gostar do que é bom;
* Maltodextrina - polímero de açúcar;
* Sais minerais (cálcio e fósforo);
* Gordura vegetal;
* Emulgente (lecitina de soja);
* Vitaminas (C, niacina, E, ácido pantoténico, B1, B6, A, ácido fólico, K1, biotina e D3);
* Aroma (vanilina) - é melhor juntar um saborzinho a baunilha, como o miúdo está tão habituado a comer coisas saborosas (excepto que não).
Ora eu já disse aqui algumas vezes que não temos propriamente a paranóia da alimentação saudável. Ontem fiz umas barrinhas de noz pecan absolutamente decadentes e pensei com carinho que daqui a uns tempos (entenda-se, daqui a um ano) vou poder partilhá-las com o miúdo. A diferença é que fui eu que as fiz e o miúdo vai comer uma dose muito pequenina de vez em quando, em oposição a uma papa que se come todos os dias. E se eu faço papas de aveia para mim, porque raios haveria de fazer uma papa de compra para o meu filho?
Por acaso isto acontece algumas vezes, enquanto eu tomo o pequeno-almoço e o Matias fica a olhar para mim :D |
Vou continuar a partilhar algumas ideias da alimentação do Mati por aqui, mais para me recordar quando vier o próximo cliente do que propriamente porque ache que é útil para vocês (mas se for avisem) :)