Hold up, hold on.
Don't be scared.
You'll never change what's been and gone.
May your smile shine on.
Don't be scared.
You'll never change what's been and gone.
May your smile shine on.
Don't be scared, your destiny may keep you warm.
'Cause all of the stars are fading away,
Just try not to worry, you'll see them some day.
Take what you need and be on your way,
And stop crying your heart out.
'Cause all of the stars are fading away,
Just try not to worry, you'll see them some day.
Take what you need and be on your way,
And stop crying your heart out.
Oasis
Há três anos visitei o Nepal. Fiquei em Katmandu, visitei os templos, assisti a celebrações das cremações e sobrevoei o Everest, e apesar de não ter sido o meu destino preferido de férias de sempre, a verdade é que gostei de lá estar.
Nem imaginam como me doeu o coração quando vi as fotografias do país após o terramoto do mês de Abril, que destruiu grande parte dos monumentos lindos que eu visitei. O mundo desdobrou-se em iniciativas para angariar fundos para as vítimas do terramoto e eu contribuí, mas confesso que fiquei com a alma cheia de dúvidas.
Sabem, não sou a maior fã de contribuir para causas solidárias com dinheiro. Já vi demasiada corrupção no mundo para me sentir segura e confiante de que o meu contributo vai parar às mãos certas, especialmente quando o caos impera e o desespero faz sobressair o pior das pessoas.
Vai daí, pensei em contribuir com o meu trabalho e procurar formas de me envolver em organizações médicas, onde certamente o meu contributo como psiquiatra de crianças e adolescentes seria mais útil e mais eficaz.
Não consegui. Colaborar com uma organização médica não é propriamente um trabalho a tempo parcial, e exige uma dedicação que eu não possuo e que o contrato de trabalho que assinei em Janeiro não me permite. Exige todo um planeamento associado. Em última análise, exige muito treino.
E foi assim que a minha ideia de ir para o Nepal ajudar criancinhas morreu.
O que sobrou então? Contribuir como posso. Ajudar como posso. E recordar o que já foi, o que já vi e o que já me marcou.
A minha parte preferida do Nepal foi, sem sombra de dúvida, a comida. Adorei todos aqueles tipos de caril, e não resistia a experimentar tudo - de tal forma que a minha família até fez uma aposta sobre quando me fartaria de comer caril a todas as refeições.
Um dia comi um caril de cogumelos ao almoço e achei que já estava satisfeita de caril para o resto da viagem. A minha família desatou logo a gozar comigo e a celebrar a vitória, até que chegou a hora do jantar e eu vi algo que nunca tinha comido: caril de ovo. E o meu enjoo passou. E cheguei ao fim da viagem invencível.
Desde então já comi caril de imensas coisas, mas nunca tinha comido caril de espargos. E decidi colmatar essa falha, enquando enchia a alma das saudades de uma viagem interessante que nunca mais poderei repetir.
Caril de espargos
Ingredientes (para uma pessoa):
* Duas colheres de chá de manteiga;
* Meia cebola picada;
* Um dente de alho picado;
* 30g de bacon cortado em cubinhos pequenos;
* Cinco espargos frescos cortados em pedaços;
* Uma colher de chá de paprika;
* Uma colher de chá de pimentão-doce;
* Uma colher de chá de caril picante;
* Molho de tomate q.b.
Confecção:
* Aquecer a manteiga numa frigideira;
* Juntar a cebola picada, o alho picado e os cubos de bacon e deixar refogar;
* Acrescentar os espargos e saltear;
* Temperar com a paprika, o pimentão-doce e o caril e misturar bem;
* Juntar um pouco de molho de tomate deixar cozinhar.
Até amanhã! :D