You can stand on your own two feet,
You can lead me through the streets!
Pave the way, so we can dream dreams!
No one else can see what you made me see.
Still climbing trees,
Tripping up over fallen leaves,
But holding hands...
No one else could ever understand
What it's like between us...
Kate Nash
Eu tive o meu primeiro namorado aos 12 anos: o nome do moço era Miguel.
O Miguel pediu-me em namoro no campo de futebol da escola, enquanto as minhas amigas espreitavam atrás do muro. Demos o nosso primeiro beijo duas semanas depois, e fartámo-nos um do outro três ou quatro meses depois disso.
Durante a minha adolescência tive um monte de paixões assolapadas - algumas correspondidas que resultaram em namoros de adolescentes, outras (a grande maioria, diga-se) não.
Aos 16 anos tive o meu primeiro grande amor, que acabou três anos depois quando entrei na faculdade e conheci o Pedro. E o resto, como se costuma dizer, é história.
Pelo contrário, o Pedro nunca tinha tido uma namorada. Ao contrário de mim o Pedro não tinha bagagem, não tinha medos e não tinha inseguranças, e nada o impedia de saltar sem reservas para o desconhecido.
Com o Pedro descobri coisas que nunca tinha pensado sequer serem possíveis. Descobri que o amor que sentimos por alguém cresce dia após dia, ano após ano, sem qualquer tipo de limite. Descobri que quero ter um monte de filhos, logo eu que sempre tive medo de crianças. Descobri que tenho um ligeiro instinto assassino quando sou contrariada.
E descobri a farinheira. Sim, porque nem só para o Pedro tudo isto foi novidade: de repente eu apaixonei-me por alguém louco por coisas que eu nunca tinha comido na vida, como a farinheira ou a alheira.
Desde então temos uma espécie de entendimento de cavalheiros: de vez em quando eu como farinheira ou alheira, e de vez em quando o Pedro come brócolos.
E isto, isto é o amor.
Croquetes de peru e farinheira no forno (receita adaptada do blog 'Cinco sentidos na cozinha')
Ingredientes (para dez croquetes):
* 200g de peito de peru picado;
* Um quarto de farinheira sem pele;
* Um fio de azeite;
* Um dente de alho picado;
* Uma folha de louro;
* Uma cebola picada;
* 30g de farinha integral;
* 150ml de leite quente;
* Um ovo batido;
* Uma pitada de sal;
* Uma pitada de piri-piri;
* Uma pitada de noz-moscada;
* Pão ralado q.b.;
* Ovo batido q.b.
* Ovo batido q.b.
Confecção:
* Picar a carne e a farinheira na picadora até ficarem desfeitas;
* Refogar o azeite com o alho picado, a cebola picada e a folha de louro;
* Juntar a farinha e mexer bem, acrescentando depois lentamente o leite quente;
* Juntar a farinha e mexer bem, acrescentando depois lentamente o leite quente;
* Continuar a mexer até que a massa comece a descolar do fundo do tacho;
* Juntar a carne picada e temperar com o sal, o piri-piri e a noz-moscada;
* Retirar do lume e misturar um ovo batido em fio, mexendo sempre;
* Levar novamente ao lume e mexer até a carne descolar do fundo do tacho;
* Retirar e levar ao frigorífico durante duas horas;
* Moldar bolinhas ou cilindros e passar por um ovo batido e por pão ralado;
* Passar novamente por ovo batido e pão ralado, se desejarem uma camada mais crocante;