Na Terça-feira cheguei a casa às 17.00h. Dei uma beijoca aos meus rapazes, deitei o Mati para a terceira sesta e saí para ir ao cabeleireiro. Pensei que estaria de volta às 18.30h, mas como fiz toda uma makeover (apaixonei-me pela tendência do cabelo blorange e agora tenho o cabelo dessa cor!) demorei três horas inteirinhas no cabeleireiro.
O Pedro deu o jantar ao Matias. Brincou com ele. Deu-lhe banho. Deu-lhe o leitinho. Deitou-o. Começou a adiantar o nosso jantar, que era arroz de polvo. Fez sopa para o Mati.
Depois de jantarmos eu arrumei a cozinha, passei a sopa do miúdo e preparei as coisas para a creche. De noite fiquei de 'serviço' e levantei-me umas quarenta mil vezes (o Mati tem estado doentito e inclusivamente hoje fiquei em casa com ele).
Ontem o Pedro estava de urgência. Às 15.00h telefonaram da creche a dizer que o Mati estava com febre, por isso fui buscá-lo. Brincámos um bocadinho. Deitei-o para a sesta. Pus roupa a lavar. Dei-lhe o jantar. Dei-lhe banho. Dei-lhe o leitinho. Deitei-o. Passei os vinte minutos seguintes num virote porque o Mati não parava de chorar. Quando eventualmente acalmou, o Pedro chegou. Jantámos (o resto do arroz de polvo do dia anterior) e preparámos o prato do Matias dos próximos dias (peixe com arroz e brócolos). Arrumámos a cozinha. Estendemos a roupa. De noite eu fiquei de 'serviço' novamente porque às Quintas o Pedro opera (e convém dormir bem), mas hoje já estou a esfregar as mãos de contentamento só de pensar que vou dormir melhor (não é difícil, não tenho dormido quase nada).
E por isso quando me perguntam 'como é que eu consigo?', só me resta responder a verdade:
Não consigo. Porque não faço isto sozinha. Somos dois cá em casa. Dois pais. Dois cérebros. Quatro braços. Dois corações. Duas gargalhadas em conjunto. Dois suspiros simultâneos de frustração.
Uma equipa.