Fomos para o Porto. O Matias esteve sempre super bem disposto (patuscão da mami). Vimos os dois primeiros filmes dos Piratas das Caraíbas, montámos Legos, tirámos fotos, comemos demasiados bolinhos de abóbora da minha avó e visitámos uma tia que já não via há anos.
À meia-noite ajudei a carregar os presentes para o tapete da sala e fiquei a ver enquanto todos abriam as suas prendas (menos o Mati claro, que já estava a dormir desde as oito da noite). No fim abri as minhas. A Death Star da Lego. O iPhone 7. A Boba. Uma mala da Kenzo. Três pijamas polares. Um roupão. Três pares de collants quentinhos. Uma garrafa de gin (a minha fama de copofónica já é mítica). Um livro... Sobre gin. Duas camisolas cor-de-rosa. Um par de sapatilhas cor-de-rosa (#grownuplife).
Quando nos deitámos, o Pedro perguntou se eu estava feliz. E eu percebi por que razão estive tão pouco entusiasmada para o Natal este ano: para mim, agora todos os dias são Natal.
Já tenho tudo aquilo que preciso. Tenho um marido que amo e que me ama, tenho o filho mais lindo do mundo, tenho uma família bestial, tenho bons amigos. Tenho um trabalho que me preenche e do qual gosto na maioria dos dias. Tenho uma casa. Tenho saúde. Faço as coisas que gosto. Sou feliz.
Este ano, o Natal foi para mim um dia como os outros. Porque para mim agora todos os dias são Natal.
A Death Star da Lego vai ser montada na passagem de ano com a Joana e o Bernardo. O iPhone é fixe. A Boba é incrível. A mala está arrumada para quando eu me tornar numa adulta a sério. Os pijamas polares são super quentinhos. O roupão anda a ser o meu melhor amigo nestes últimos dias (estou doente outra vez!). Ainda não usei os collants novos. Ainda não abri o gin, mas já li o livro todo. Já usei uma das camisolas. Ainda não experimentei as sapatilhas.
No dia 30 vamos fazer o 'nosso' Natal e vamos abrir as prendas que comprámos um para o outro, mas eu não estou particularmente expectante. Vai ser um dia como os outros. Para mim, agora todos os dias são Natal.