12 de novembro de 2016

Veneza #1

Chegámos a Veneza relativamente cedo. Há essencialmente duas formas de irem do aeroporto para a cidade: de autocarro ou de barco. Dentro dos barcos há a hipótese de irem de táxi privado (mais caro, embora mais prático) ou numa espécie de ferry pequeno operado pela Alilaguna.

À ida optámos pelo ferry, no regresso optámos pelo autocarro. Achei que seria giro chegar a Veneza de barco e havia uma paragem literalmente à porta do nosso hotel. O autocarro tem a desvantagem de parar bastante mais longe do centro da cidade (uma vez que em Veneza não há carros, só barcos) e consequentemente fazer uma viagem mais desinteressante, embora mais rápida (cerca de vinte minutos, de barco demoram cerca de uma hora). No entanto, como no último dia íamos fazer a parte ocidental da cidade e terminar relativamente perto da paragem do autocarro, decidimos experimentar. A viagem de ida de barco custou 14€ por pessoa, o regresso de autocarro custou 8€.

Acho que ter ido de barco e regressado de autocarro foi boa ideia, embora reconheça que o autocarro é mais prático. Ainda estivemos cerca de uma hora à espera do barco, estava uma fila gigantesca, e como vamos dentro do barco (e não em cima) a vista não é assiiiim tão fenomenal para quem não seja histérico como eu e seja mais peixe morto como o Pedro :D

O barco :) Há várias linhas consoante o vosso destino final, e cada uma tem um cais :)



A chegar :D :D :D





* Histeria *





Só há mesmo barcos dentro da cidade, por isso há barcos para tudo: barcos ambulância, polícia e até para recolher o lixo :D




Ponte Rialto :)



O nosso hotel :D
Vista do nosso hotel para a Ponte Rialto :D


Como esta ia ser uma viagem especial, sabíamos que a escolha do hotel era importante. Eu tinha basicamente duas exigências: queria um hotel bem localizado que nos permitisse chegar a todo o lado a pé razoavelmente depressa e queria estar num quarto com vista para o Grand Canal. Optámos pelo NH Collection Palazzo Barocci e reservámos um Quarto Premium com vista. Entretanto tivemos aquele probleminha, reservámos pela agência, poupámos um montão de dinheiro... E quando lá chegámos disseram-nos que tinham feito um upgrade do nosso quarto  para uma Suíte Junior com vista.

Ia chorando, juro.

O hotel em pleno Grand Canal :D
O nosso quarto :D



A VISTAAAA :D






A histérica e o peixe morto :D
Pousámos as coisas, eu tirei umas mil fotos da janela e saímos para passear e almoçar. Eu ia já louca de histeria, o Pedro ia igual a si próprio. Os dias seguintes passaram-se neste registo: eu a delirar e a tirar fotos a t-o-d-a-s as gôndolas (tirei 3000 fotos em 3 dias), o Pedro a gostar moderadamente.

Veneza é talvez um dos sítios que mais opiniões contraditórias reúne. Antes de irmos, diziam-nos que era a cidade mais linda do mundo ou que cheirava horrivelmente mal. Que era super romântica ou que estava a abarrotar de pessoas. Que era a melhor viagem de sempre ou que os italianos eram uns chulos e a comida era má e caríssima. Veneza parecia uma cidade que ou se ama ou se odeia.

No fim, eu amei. É claro que é uma cidade um bocadinho a tocar o decrépito, com aquelas casas velhas todas e as ruas apertadas e escuras. Mas é inegavelmente um sítio mágico e muito bonito. Talvez tenhamos tido sorte: não sentimos cheiros desagradáveis em lado algum, tentámos sempre andar em ruas com menos gente e comemos muito bem (e até a um preço aceitável, tendo em conta as nossas expectativas). O Pedro já foi mais moderado na sua histeria claro, mas mesmo assim também gostou.

As traseiras do nosso hotel :D




Campo Sant'Angelo



No Campo Santo Stefano, que tinha tantos e bons restaurante que acabámos a fazer quase todas as refeições lá :D

E pronto, amanhã há mais :D