18 de maio de 2016

Matias.

Uma das perguntas que fazemos aos pais na primeira consulta é o que sentiram ou pensaram quando viram o seu filho pela primeira vez. Há quem não se lembre, há quem não tenha sentido nada, há quem tenha as respostas mais cómicas ou comoventes. Sempre me questionei o que iria pensar quando fosse eu.

Mal o Matias nasceu senti uma necessidade avassaladora e incontrolável de o agarrar. Puseram-no imediatamente em cima da minha barriga, abracei-o com o braço direito (o esquerdo ainda está de férias), cheirei-o (o melhor cheiro do mundo) e beijei-o muito. Chorei e ri ao mesmo tempo.

A primeira coisa que pensei? 'É o meu bebé'.' E agarrei-o. Não o larguei quando a enfermeira o quis limpar, não o larguei quando a minha amiga Joana (que me fez o parto) quis cortar o cordão umbilical, simplesmente agarrei-o ali, junto a mim finalmente, até que tiveram de mo arrancar dos braços. O meu bebé. O nosso bebé. O Matias, 41 semanas de gravidez e 38h de trabalho de parto depois.

O melhor do nosso mundo.