Como vos disse ontem, optei por procrastinar esta questão e esperar por inspiração divina.
Quando fiz a publicação sobre as viagens, duas leitoras recomendaram-me o blog da Adriana Miller (Dri Everywhere), que li sem parar durante horas. Numa das publicações ela fala do carrinho que comprou para a filha (que viaja muito com eles desde bebé), o Bugaboo Bee.
A inspiração divina tinha chegado. Era um carro pequeno e muito prático, fácil de abrir e fechar, óptimo para viajar, leve e giríssimo - pelo menos para mim, que sou loucamente apaixonada por amarelo e tenho eu própria um carro amarelo. Era o carro ideal para nós.
Vi no site deles em que sítios de Lisboa existia a marca e encontrei a Baby Cool, uma loja em Campo de Ourique. Ora ontem íamos jantar com um casal amigo na Estrela, por isso pareceu-nos ouro sobre azul: passávamos por lá, experimentávamos o carro, comprávamos e pronto.
Fiquei ainda mais apaixonada pelo carro quando o vi ao vivo. Era tudo aquilo que imaginava. Era simples, prático e lindo. Era perfeito.
E caríssimo.
Eu sabia que o carro em si custava 650€. Mas não sabia que era preciso comprar também a alcofa (200 e tal euros) ou o ninho (90 euros), o ovinho para o automóvel (200 e tal euros), o adaptador isofix (200 e tal euros) e o adaptador do ovinho para o carro (nem me lembro de quanto custava sinceramente).
Vai daí, a senhora da loja mostrou-nos outras alternativas e os nossos olhos bateram noutro carrinho pequeno, compacto, resistente, leve e fácil de abrir e fechar (possivelmente mais fácil até de abrir e fechar do que o Bugaboo). Tinha a vantagem de ser um sistema trio, isto é, trazia já a alcofa, o ovinho e a cadeira de passeio incorporadas e só era necessário comprarmos o adaptador isofix. Ficava a um preço mais simpático... Mas não era amarelo.
Fiquei a pensar. Valia a pena gastar mais uma-quantidade-bem-simpática de euros para ter um carro amarelo só porque era o que tinha idealizado? De repente as coisas que poderia fazer com aquele dinheiro começaram a ocorrer-me. Poupar para a nossa road trip pela Irlanda. Pagar uma mensalidade da creche. Comprar muitas coisinhas giras para o bebé.
E trouxemos o outro carrinho para casa.
Depois do jantar passámos duas horas a montar e desmontar todas as peças e a ambientarmo-nos ao nosso carrinho (que foi aberto e fechado umas trinta vezes).
E eu percebi que este pode não ser o carro dos meus sonhos... Mas vai ser, a partir do momento em que tiver o meu filho lá dentro.
Habemus carro.