Tentei com muita força trabalhar menos e ter uma rotina mais relaxante. Juro que sim. Mas não consigo. Não faz parte da pessoa que sou envolver-me apenas a 50% nas situações (e nem sequer estou num meio profissional que o permita, diga-se), e rapidamente regressei ao meu estado clínico anterior.
Falei com a minha cardiologista. Falei com a minha médica de família. Falei com a minha obstetra. Falei com o Pedro. Falei com a minha família. Falei com os meus amigos. Falei com os meus colegas de trabalho. Toda a gente era da opinião que devia ficar em casa.
A única pessoa a lutar esta batalha era eu.
E no fim dei por mim a pensar: e se eu não fosse médica? E se eu tivesse uma outra qualquer profissão e não tivesse esta terrível tendência para relativizar os meus sintomas porque 'há coisas muito piores'? Não estaria já em casa? Não teria já respeitado as opiniões clínicas de quem me está a acompanhar?
No dia em que esta pergunta (e, consequentemente, a óbvia resposta) me ocorreram, eu soube que não fazia sentido estar tão desesperadamente a lutar por uma batalha que estava, obviamente, perdida. E vim para casa.
Vai daí, estou oficialmente a descansar até ao fim da gravidez. Tenho aproveitado para regressar à cozinha (com muita calma), para preparar as coisinhas para o nosso bebé e para relaxar muuuuuuito :)