(Já as cesarianas, achei um bocadinho mais assustadoras. Aquele 'puxa-daqui-puxa-dali' fez-me alguma confusão, confesso)
Curiosamente, acabei o curso a achar que nunca nunca nunca nunca nunca teria um filho pela pipi. O dos outros? Absolutamente maravilhoso. O meu? NO WAY.
Como é óbvio, sei todas as implicações médicas que uma intervenção cirúrgica possivelmente desnecessária pode trazer. Sei que a cesariana é uma opção mais arriscada para ambos. Mas tomei uma decisão informada e consciente: não queria passar por aquilo.
E depois engravidei.
Talvez isto soe melodramático, mas algo mudou profundamente dentro de mim quando percebi que ia ser mãe. A histeria deu lugar ao choque, ao pânico e, por fim, a uma epifania iluminada:
Nunca deixarei de estar preocupada com alguma coisa.
Agora estou preocupada se o meu bebé está bem dentro da minha barriga. Posteriormente estarei preocupada com o parto e com o facto de ele nascer bem. Depois vou preocupar-me com o facto de ele crescer bem, de se desenvolver de forma adequada, de aprender bem na escola, de ter amigos, de não se meter na ganza, de escolher um percurso académico e/ou profissional que o faça feliz, de ter uma companheira (ou um companheiro) que o preencha, de ter saúde, de ter estabilidade... Nunca vou deixar de estar preocupada com algo.
Porque é isto que é ser mãe. Bolas.
Por isso, hoje estou sinceramente a borrifar-me para a forma como vou trazer o meu bebé ao mundo. Comparando com a exigência do resto do percurso, essa parece-me até a parte mais simples e fácil.
E que seja o que tiver que ser.