Onde não há prazos nem obrigações, não há debates nem Euromilhões.
Onde o sol eleva e a frescura acata, sem consulta ao homeopata.
Onde a cura é sem vacina e a cardina é sem pesar,
Por lagoas e colinas vê-se a lágrima a secar.
Dá o vento na cara, e nada nos pára, nada nos pára.
Onde o sol eleva e a frescura acata, sem consulta ao homeopata.
Onde a cura é sem vacina e a cardina é sem pesar,
Por lagoas e colinas vê-se a lágrima a secar.
Dá o vento na cara, e nada nos pára, nada nos pára.
Mergulhar mãos no volante e adiante, para qualquer lugar.
Vidro aberto, rádio alto, no asfalto sem apoquentar.
Saborear o mar, as serras, cobrir-me de pó e geada,
Roer o osso desta terra na vida de estrada.
Vidro aberto, rádio alto, no asfalto sem apoquentar.
Saborear o mar, as serras, cobrir-me de pó e geada,
Roer o osso desta terra na vida de estrada.
Diabo na Cruz
Desde o início que o Pedro foi muito honesto comigo - ele gosta de viajar, mas não tanto como eu. Gosta de conhecer locais novos, mas não sente aquela urgência de fazer as malas e partir pelo mundo que eu tenho cravada na alma. Por isso, fizemos um acordo: todos os anos fazemos duas viagens juntos e as viagens restantes eu faço sozinha, com os meus amigos ou com a minha família.
Depois da nossa viagem ao Brasil e de uma mini-passagem por Vila Real em congresso, este ano tínhamos decidido fazer uma pequena road trip pelo Douro. Vai daí, mergulhámos as mãos no volante num fim-de-semana quente de Agosto e fomos conhecer mais do nosso lindo país.
Foram apenas três dias, mas pareceram muitos mais. Tudo parecia movimentar-se em câmara lenta, a acompanhar o ritmo do rio e da vida no campo. E nós deixámo-nos perder no meio das vinhas, do cheiro a enchidos, das amoras silvestres, das pernas arranhadas pelas silvas e das vistas sem fim para o rio e os montes.
'Era uma vez dois bonecos de Lego. Partiram à descoberta do mundo lá fora, e pelo caminho encontraram-se um ao outro.' - pode ler-se nos nossos convites de casamento, numa referência romântica a uma história que o Pedro me escreveu um dia. E é isto que sentimos quando viajamos juntos: a descoberta do mundo, mas também um do outro.
Connosco na viagem vieram também estas cookies de avelã, indispensáveis para encher a barriga e a alma nas longas horas de estrada. E também elas têm o seu papel na história de mais uma descoberta :)
Cookies de avelã e chocolate (paleo, sem glúten, sem açúcar) (receita adaptada do blog 'Ambitious Kitchen')
Ingredientes (para dez cookies):
* Meia chávena de manteiga de avelã caseira (receita aqui);
* Três colheres de sopa de mel;
* Um ovo;
* Uma colher de chá de essência de baunilha caseira (receita aqui);
* Um quarto de colher de chá de bicarbonato de sódio;
* Uma pitada de sal;
* 100g de pepitas de chocolate;
* Oito colheres de sopa de polvilho doce.
Confecção:
* Misturar a manteiga de avelã, o mel, o ovo e a essência de baunilha e acrescentar o bicarbonato, o sal, as pepitas de chocolate e o polvilho doce;
* Refrigerar a massa durante cerca de vinte minutos e, com o auxílio de uma colher de sopa, formar bolachas sobre um tabuleiro coberto com papel vegetal;
* Levar ao forno pré-aquecido a 180º durante quinze minutos;
* Deixar arrefecer sobre uma grade.
Logo começo a mostrar-vos as fotos! :D