I think these hands have felt a lot,
I don't know what have I touched.
I think these eyes have seen a lot,
I don't know, maybe they've seen too much.
I think this brain has thought a lot,
Searching, trying to find the crutch.
I think this heart has bled once too often,
This time it's bled a bit too much.
Too much of anything, too much for me.
Too much of everything, gets too much for me.
The Who
I don't know what have I touched.
I think these eyes have seen a lot,
I don't know, maybe they've seen too much.
I think this brain has thought a lot,
Searching, trying to find the crutch.
I think this heart has bled once too often,
This time it's bled a bit too much.
Too much of anything, too much for me.
Too much of everything, gets too much for me.
The Who
Já referi aqui no blog várias vezes que não sou fã de chocolate. Na verdade, esta afirmação é tendencialmente falaciosa: eu gosto de chocolate, não gosto é de coisas com chocolate.
Confusos? Eu explico.
Embora o chocolate não seja propriamente o meu sabor preferido (lugar que perde para outros candidatos como o limão, o maracujá, a manga, a framboesa ou o coco), continua a ter um lugar no meu top dez de sabores de eleição. Mas sempre que compro algo com chocolate tenho a nítida sensação que aquilo não sabe a chocolate, mas sim a açúcar.
Na verdade, o que eu não gosto é de receitas muito doces - critério que parece ser universal quando o chocolate está envolvido.
Isto tem as suas desvantagens, e é relativamente frequente receber mails em que vocês referem que experimentaram receitas minhas e acharam que podiam ter um bocadinho mais de açúcar. Mas confesso que isso me deixa contente, até porque gosto de pensar que os meus pratinhos estão a deixar-vos mais saudáveis. Afinal o mundo não é a preto e branco, e se queremos comer um docinho porque não fazê-lo de forma mais cautelosa mas igualmente deliciosa?
No fundo, gosto de pensar que estamos todos a descobrir um mundo de divinais cinzentos. Mas voltemos ao chocolate.
Gosto de chocolate amargo. Gosto de doces de chocolate que saibam mesmo a chocolate. Como dizia uma amiga que experimentou o meu bolo diamante negro, eu só faço autênticos orgasmos de chocolate (palavras dela, e não minhas). E parece que esta opinião é partilhada por todo um serviço de anestesia, que encheu a barriga da verdadeira essência do bolo que um dia o Bernardo chamou de 'demasiado intenso'.
Pff, como se isso pudesse existir.
Pois bem, este chocolate quente sem açúcar também é um autêntico orgasmo de chocolate. É forte, intenso, delicioso e pecaminoso, e garanto-vos que rapidamente vão ficar viciados nesta versão maravilhosamente cinzenta.
Choco-ninfomaníacos anónimos, cheguem aqui. Juntem a cautela com a vontade de se deliciarem, e façam este chocolate quente mais saudável e muito mais intenso. E mergulhem de cabeça.
Chocolate quente (paleo)
Ingredientes (para uma pessoa):
* 112g de chocolate com pelo menos 70% de cacau;
* Uma chávena de leite de amêndoa;
* Uma pitada de sal;
* Uma colher de sopa de xarope de seiva de ácer;
* Uma colher de chá de essência de baunilha.
Confecção:
* Juntar o chocolate com três colheres de sopa de leite de amêndoa e levar a lume médio até começar a derreter;
* Retirar do lume, mexer bem até o chocolate ficar completamente derretido e juntar o leite restante, a pitada de sal e o xarope de seiva de ácer;
* Levar novamente ao lume, batendo bem com uma vara de arames até engrossar ligeiramente;
* Acrescentar a essência de baunilha e deixar arrefecer;
* Se quiserem um chocolate quente mais espesso, esperem que arrefeça totalmente (e engrosse) e aqueçam novamente.
Até amanhã! :D