'You're always free to change your mind and choose a different future, or a different past.'
Richard Bach
Eu nunca liguei muito a futebol. Nunca fui particularmente aficcionada pelo tema, não estava actualizada em relação às contratações mais recentes, não sabia o nome da grande maioria dos jogadores e não apreciava por aí além ver jogos ao vivo.
No entanto, sou portista. Sempre fui portista. Nunca tive qualquer tipo de dúvida existencial sobre o facto de ser portista. Sempre tive orgulho no meu clube, que defendia com unhas e dentes quando os meus amigos benfiquistas implicavam comigo.
O Pedro é sportinguista. Sempre foi sportinguista. Nunca teve qualquer tipo de dúvida existencial sobre o facto de ser sportinguista. Sempre teve orgulho no seu clube, que defendia com unhas e dentes quando
Quando o Pedro entrou na minha vida, o Sporting veio com ele. E depois de me apaixonar por todos os centímetros cúbicos do meu amor bom, comecei a apaixonar-me também pelo clube dele.
Raios.
Pois é, a dada altura dei por mim incrivelmente actualizada sobre tudo o que envolvesse o Sporting. Sabia sempre quando e com quem iam jogar, e fui inclusivamente a alguns jogos este ano. Não ficámos por uma modalidade, e fomos também apoiar o futsal. E no último dos jogos que vimos, enquanto gritávamos e saltávamos abraçados pelo facto do Sporting ter marcado um golo decisivo que lhe permitiu passar para a fase seguinte da UEFA Futsal Cup, a dúvida atingiu-me com força.
Será que me tornei sportinguista?
Demorei algum tempo a conseguir assimilar tudo isto, mas a verdade é esta: temo que me tenha tornado sportinguista. Comecei a vibrar com as vitórias do clube e a ficar triste com as derrotas. Deixei de chamar masoquista ao Pedro quando ele fica a torcer até ao último minuto, cheio de esperança no coração. Deixei de gozar com ele e de dizer que o Sporting é uma equipa fraquinha que nunca ganha nada.
Lamento imenso meus conterrâneos do norte, mas creio ter passado para o lado negro da força. Ou, neste caso, para o verde.
O mesmo aconteceu com as uvas. Não gosto de uvas. Nunca gostei de uvas. Nunva tive qualquer tipo de dúvida existencial sobre o facto de não gostar de uvas. Até ao dia em que a geleia de uva e canela apareceu na minha vida.
Juntou-se a vontade de me deliciar com ela e a necessidade de gastar as folhas de massa fina para tartes que ainda restavam e a magia aconteceu. E eu aqui fiquei, com uma deliciosa tarte de uva e noz pecan na mão e uma dúvida no coração:
Serei uma vira-casacas?
Tartes de uva e noz pecan
Ingredientes (para quatro tartes):
* Oito folhas de massa fina para tartes (usei da Buitoni);
* Quatro colheres de chá de geleia de uva e canela;
* Quatro colheres de chá de nozes pecan;
* Uma gema batida com uma colher de sopa de água;
* Açúcar em pó para polvilhar.
Confecção:
* Colocar uma colher de chá de nozes pecan sobre uma folha de massa e cobrir com uma colher de chá de geleia de uva e canela;
* Cobrir com outra folha de massa e pressionar os bordos com um garfo para juntar;
* Pincelar com a gema e colocar sobre um tabuleiro coberto com papel vegetal;
* Levar ao forno pré-aquecido a 180º durante quinze a vinte minutos;
* Polvilhar com o açúcar em pó e desfrutar.
Até amanhã! :D