29 de novembro de 2013

Rolo de peru recheado com farinheira e espinafres.

I think I'll get outta here,
Where I can run, just as fast as I can,
To the middle of nowhere,
To the middle of my frustrated fears.
And I swear, you're just like a pill,
Instead of making me better, 
You keep making me ill.
You keep making me ill.

Pink


O que é que as salsichas, os pastéis de Belém e a água do rio de Espanha têm em comum?

Os três já me provocaram gastroenterites.


Há três anos fiz um prato muito simples de esparguete com salsichas. Correu tudo bem e foi um almoço delicioso, até que comecei a vomitar e só parei no dia seguinte. Fim da história.

Há dois anos fui com o Pedro a Belém num dos nossos programas românticos. Bebemos um cappuccino no Starbucks (já vos disse que é uma das minhas bebidas preferidas?) e comemos um pastel de Belém cada um. Correu tudo bem e foi um lanche delicioso, até que começámos a a-outra-coisa-além-dos-vómitos-que-acontece-nas-gastroenterites (aquela que começa em d- e acaba em -iarreia) e só parámos no dia seguinte. Ainda bem que há duas casas-de-banho em nossa casa. Fim da história.


Há um ano fui com o Pedro e os amigos para Arenas de San Pedro, em Espanha, naquela que foi uma das viagens mais extraordinárias da minha vida (e se não acreditam, vão lá ver as fotos). Ficámos a dormir no meio das montanhas, e logo no primeiro dia ficámos sem água porque houve um ataque de javalis durante a noite. Começámos a usar a água da nascente para beber, e íamos comendo figos das árvores e amoras selvagens dos arbustos. Correu tudo bem, até que ao terceiro dia eu tive a maior gastroenterite da minha vida (juro que achei que tinha cólera!) e passei dois dias sem conseguir comer rigorosamente nada. Fim da história.

Como é óbvio nunca mais consegui comer salsichas ou pastéis de Belém e também nunca mais bebi água do rio nem comi figos (mas pronto, este último era um desastre à espera de acontecer).


Quando a minha avó era adolescente apanhou uma intoxicação alimentar muito grave com uma alheira e nunca mais conseguiu cozinhar ou comer alheira ou farinheira. Por causa disto, eu nunca tinha comido nenhuma das duas até começar a namorar com o Pedro.

Não sendo os meus ingredientes preferidos de sempre, confesso que dão um gostinho especial à carne. E cá em casa adoramos usá-los para rechear rolos de peru e torná-los ainda mais saborosos :D


Rolo de peru recheado com farinheira e espinafres

Ingredientes (para quatro pessoas):

* 500g de peito de peru picado;
* Uma cebola picada;
* Três dentes de alho picados;
* Uma colher de chá de salsa picada;
* Uma colher de chá de pimentão-doce;
* Uma colher de chá de paprika;
* Uma colher de chá de manjericão;
* Meia colher de chá de mistura de especiarias italianas da Margão;
* Uma pitada de sal;
* Uma pitada de piri-piri;
* Meia farinheira de porco preto;
* Uma mão cheia de espinafres;
* 200ml de molho de tomate;
* 200ml de vinho branco;
* Um fio de azeite.

Confecção:

* Juntar o peito de peru picado com a cebola picada, a salsa picada, o pimentão-doce, a paprika, o manjericão, a mistura de especiarias italianas, o sal e o piri-piri e misturar bem;

* Colocar uma folha de alumínio na bancada da cozinha e cobrir com a carne, moldando com a forma de um rectângulo;

* Cobrir a carne com os espinafres e a farinheira;

* Enrolar o rolo com o auxílio do papel de alumínio;

* Colocar num tabuleiro de ir ao forno e regar com o vinho branco, o molho de tomate e um fio de azeite;

 * Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 45 minutos, regando o rolo com o molho de vez em quando.


Tenham um óptimo fim-de-semana! :D