Palavras que enchem a barriga: Grândola 2020 #2

Quando a pandemia melhorar eu vou para o hotel da Disneyland Paris. E não é um hotel qualquer: é O hotel, aquele caríssimo mesmo na entrada. Na verdade já tenho tanta gente interessada que acho que vamos alugar o hotel inteiro (ou então ficamos em dois ou três quartos estilo Natal tugão dos anos 90, com colchões pelo chão e tudo a dormir em conchinha). O desespero é tanto que até já convenci o Pedro a ir (Deus é grande) e a levar os miúdos (a sério, liguem já ao Vaticano porque temos aqui um milagre).

Fora isso, quase que me faltam ideias. Queríamos voltar aos planos da Lapónia mas parece-nos ambicioso (a Disney é diferente: são duas horas de avião, dez minutos de TGV e um parque ao ar livre durante dois ou três dias, nada comparado com voo para Helsínquia, barco para Tallinn, avião para Rovaniemi, excursões na Lapónia e regresso). Temos a viagem ao México marcada há um ano mas agora não nos apetece ir para um sítio beber, comer e pastar - afinal, foi essencialmente o que fizemos em casa nos últimos meses.

Estamos a abarrotar de planos, mas por cá. Queremos voltar à Serra da Estrela, quero levar os miúdos ao Jardim Zoológico (sim, again), quero bater com o lombo num museu, quero voltar à exposição do van Gogh porque o Matias está sempre a falar do quanto gostou dela, quero ir à esplanada da praia, quero comer chouriço assado nos fins de tarde, quero sair da urgência às oito da manhã, chegar a casa a tempo de levar os miúdos à escola e ir tomar o pequeno-almoço fora. Vá, o único plano excêntrico é mesmo o hotel da Disneyland, porque fora isso até são tudo projectos bastante mundanos (mas vão saber-me pela vidinha).

E juro, juro que já lhes sinto o cheiro.

E, quatro horas depois, GOLFINHOS! :D

O Matias fez uma amiga e estava a dar-lhe uma palestra qualquer :D

No dia seguinte ao passeio dos golfinhos a Gabriela acordou com febre, por isso fomos ficando por casa e demos só um mini-passeio de carro por Grândola :)