No dia anterior a irmos para a Rússia fui levar o Matias a casa dos meus pais no Porto. Fomos os dois sozinhos de avião (toda uma aventura), e quando chegámos o Matias almoçou e dormiu a sestinha. Entretanto acordou, lanchou (iogurte natural e kiwi) e partimos para casa da minha tia Mila. Esta tia Mila.
Parece que também a preocupação com a alimentação saudável chegou à minha tia, porque em vez de sandinhas a transbordar de tulicreme havia bolachas Maria. Que ela obviamente ofereceu ao Matias.
E eu não tive qualquer problema com o facto de ele comer. Pior: acho que de certa forma fiquei vagamente desapontada por não ser pão com tulicreme, porque assim o Matias não terá a sorte de ter essas memórias tão felizes.
Há duas semanas fomos visitar o Bernardo a Sesimbra e a mãe do Bernardo também ofereceu uma bolacha Maria ao Matias. E nós não tivemos qualquer problema com o facto de ele comer.
E por isso eu disse que nós nunca tínhamos dado este tipo de coisas ao Matias, não que ele nunca tinha comido. Porque seria inocente e pouco sensato acreditar que o miúdo não ia comer bolachas, bolos e porcarias no geral, mas pelo menos sabemos que são excepções.
Faz parte, e as memórias também se constroem assim.