28 de agosto de 2015

Barrinhas de chocolate e coco (paleo, sem glúten, sem açúcar) para um guilty pleasure :)

And when you feel the heat, the world is at your feet.
No one can hold you down if you really want it.
Just steal your destiny, right from the hands of fate.
Reach for the cup of life 'cause your name is on it!
Do you really want it?
Do you really want it?

Ricky Martin




Lembro-me perfeitamente do mundial de 1998, embora tivesse apenas nove anos. Lembro-me de ver os jogos com o meu pai. Lembro-me de chegar à escola no dia seguinte e comentar os resultados com os meus amigos. Lembro-me da caderneta que todos tínhamos e dos cromos que adorávamos trocar entre nós. Lembro-me de quão bons eram nesses tempos o Ronaldo e o Zidane. E lembro-me da música: aquela música do Ricky Martin que entrava pelos nossos ouvidos e se recusava a sair da nossa mente, e que cantávamos nos intervalos num inglês aldrabado.


Depois disso entrei na adolescência e recusei-me a admitir para os outros (e até para mim própria) que gostava de Ricky Martin. Não, toda eu me transformei numa miúda pseudo-gótica-wannabe que só ouvia rap português manhoso, Linkin Park, Sistem Of A Down, Metallica ou Evanescence, entre outras coisas revoltadas. Assumi-me como uma pessoa profunda e recusava-me por isso a ouvir coisas fúteis e comerciais.

Vá, também tinha direito às minhas parvoíces de adolescente certo? :)


Com o tempo fui crescendo e mudando. Passei a importar-me mais com a pessoa que era e menos com a pessoa que transmitia ser. Aprendi a assumir as minhas paixões em pleno. E saquei a música do mundial de 1998.


Namorava com o Pedro apenas há alguns dias quando a ouvimos juntos pela primeira vez. E a reacção entusiasmada dele convenceu-me ainda mais de que ali estava alguém que iria estar ao meu lado durante muito, muito tempo. Depois passámos horas a falar do mundial. No fim, eu mostrei-lhe aquela que é o meu maior guilty pleasure musical de sempre: a 'Ao limite eu vou', das Nonstop.

E finalmente percebi que os nossos gostos musicais não dizem assim tanto de nós. Tal como os nossos gostos alimentares.


Apesar de partilharmos o nosso gosto por músicas antigas totós, o mesmo já não se pode dizer em relação ao coco - que eu adoro e o Pedro simplesmente abomina. Vai daí, frequentemente decido fazer receitas de lanchinhos com coco, garantindo assim que sobram para levar para o hospital durante a semana e não tenho surpresas desagradáveis que envolvam tabuleiros vazios :)

Assim surgiu esta receita, carregadinha de coco. Deliciosa e paleo. Porque já está na altura de assumir as minhas paixões em pleno :D


Barrinhas de chocolate e coco (paleo, sem glúten, sem açúcar) (receita adaptada do blog 'Ambitious Kitchen')

Ingredientes:

* Um quarto de chávena de óleo de coco derretido;
* Um terço de chávena de mel;
* Duas colheres de chá de essência de baunilha;
* Dois ovos;
* Um quarto de chávena de leite de coco;
* Meia chávena de farinha de coco;
* Meia colher de chá de bicarbonato de sódio;
* Uma pitada de sal;
* 100g de pepitas de chocolate;
* Um quarto de chávena de coco ralado.

Confecção:

* Misturar o óleo de coco, o mel, a essência de baunilha, os ovos e o leite de coco, misturando bem;

* Acrescentar a farinha de coco, o bicarbonato de sódio, o sal, as pepitas de chocolate e o coco ralado;

* Misturar bem e colocar num forma com 15x23cm;

* Levar ao forno pré-aquecido a 180º durante vinte minutos;

* Deixar arrefecer completamente antes de cortar.



Até amanhã! :D