Feeling my way through the darkness,
Guided by a beating heart.
I can't tell where the journey will end,
But I know where to start.
They tell me I'm too young to understand,
They say I'm caught up in a dream.
Well life will pass me by if I don't open up my eyes,
Well that's fine by me.
So wake me up when it's all over,
When I'm wiser and I'm older,
All this time I was finding myself, and I
Didn't know I was lost.
Avicii
Há um ano o projecto do livro existia apenas no meu coração. Depois da insistência do Pedro (e face à necessidade de ter uma qualquer distracção que me impedisse de ficar maluca depois de passar um ano inteiro a estudar para o exame da especialidade) o livro passou a existir também nos meus dedos, que martelaram insistentemente as teclas deste pequenino portátil durante meses.
Com o tempo passei a acreditar no projecto com toda a minha alma. Os queques sucediam-se e entupiam o meu congelador (ainda tenho alguns para o comprovar), as páginas acumulavam-se e as fotos iam sendo guardadas numa pastinha do computador a que chamei, com a alma cheia de um sonho que me transcendia, 'Para o livro'.
Um dia terminei o meu livro e com isso chegou a altura de pôr mãos à obra. Bati a centenas de portas e recebi centenas de respostas negativas, mas eventualmente encontrei editoras que, como vocês, espreitaram para dentro do meu coração e gostaram do que viram. Juntei isso à incrível capacidade visionária da Maria José, a minha editora, e fizemos magia.
Passaram-se meses desde então, e acho que já devia estar habituada a esta sensação. Mas creio que por muito que o tempo passe nunca deixarei de me sentir abismada e assoberbada com o meu livro.
Todas as semanas há uma novidade nova. Hoje tenho uma festa de lançamento, amanhã vou à televisão. Hoje vou à Feira do Livro dar os meus queques, amanhã vou a uma Bertrand conversar com pessoas totalmente desconhecidas. Tudo isto é novidade para mim, logo eu que ainda há uns meses vos contava que era uma anti-social de primeira.
Pelo caminho continuo a lutar para equilibrar tudo e para redefinir prioridades. O tempo escapa-se por entre os meus dedos e os dias passam a correr, sem que eu consiga fazer tudo aquilo que gostaria. E eu aprendo a respirar fundo e a não me preocupar tanto. Aprendo a delegar, aprendo a relaxar e aprendo a deixar para amanhã o que já não consigo fazer hoje. E aprendo mais uma vez que tenho ao meu lado uma pessoa verdadeiramente extraordinária, cujos braços são suficientemente fortes para me carregarem quando eu já não tenho forças para andar.
E não há bolachinhas no mundo que consigam agradecer-lhe por isso. Mas eu tento. Oh, se tento! :)
Bolachas de chocolate recheadas com caramelo para dois
Ingredientes (para quatro bolachas):
* Duas colheres de sopa de manteiga amolecida;
* Duas colheres de sopa de açúcar branco;
* Duas colheres de sopa de açúcar amarelo;
* Uma gema de ovo;
* Uma pitada de sal;
* Um quarto de colher de chá de bicarbonato de sódio;
* Cinco colheres de sopa de farinha de trigo;
* Duas colheres de sopa de cacau em pó;
* Quatro colheres de sopa de pepitas de três chocolates da Vahiné;
* Quatro caramelos de café (usei da Werther's Original).
Confecção:
* Juntar a manteiga, o açúcar branco e o açúcar amarelo e misturar bem;
* Acrescentar o ovo, o sal, o bicarbonato, a farinha e o cacau, envolvendo bem entre cada adição;
* Se a massa estiver demasiado peganhenta acrescentar mais uma colher de sopa de farinha;
* Acrescentar as pepitas de chocolate;
* Dividir a massa em quatro e formar quatro pequenos cilindros;
* Entre cada cilindro colocar um caramelo, fechando depois o cilindro em torno deste de modo a que o caramelo fique no meio e completamente envolvido pela massa;
* Colocar os cilindros em pé sobre um tabuleiro coberto com papel vegetal (não achatem porque as bolachas alargam no forno);
* Levar ao forno pré-aquecido a 180º durante doze minutos;
* Deixar arrefecer no tabuleiro durante cinco minutos, retirar e deixar arrefecer completamente sobre uma grade.
Tenham um óptimo fim-de-semana :D