14 de setembro de 2018

Sesimbra 2018 #2

Voltei ao trabalho há exactamente uma semana, com dois dias absolutamente horrendos seguidos de um Sábado de urgência (por acaso até tranquila, mas é sempre uma urgência). No Domingo estava tão cansada que só meti os pés fora de casa para o Mati andar um bocadinho de bicicleta.

Entretanto esta semana começou com dois dias tranquilos, seguidos de dois dias absolutamente péssimos com milhões de consultas horrivelmente pesadas. Ontem estive num hospital a dar consultas de manhã, fui para outro hospital dar consultas de tarde, uma das quais durou três horas (TRÊS. HORAS.) e hoje o cenário repetiu-se (sem a consulta de três horas), com a agravante de não ter almoçado e ter tido duas horas de Krav Maga (das quais trinta minutos foram passados a correr).

E eu não me estou a queixar, atenção. Sinto-me bem, estou bem, a nossa vida até anda calminha (isto de levar com uma barata voadora realmente faz-nos pôr tudo em perspectiva) e temos dado um avanço brutal à lista dos 250 melhores filmes do IMDb. Estou só a tentar explicar-vos a razão de ter chegado ao carro hoje às 21.30h, cheia de pressa para chegar a casa porque o Pedro sai a essa hora para jogar futebol, a sonhar com o momento em que me ia atirar para o sofá desesperada de cansaço, e ter pensado:

'Credo, preciso mesmo de férias'.

Preciso mesmo de férias, pensa a pessoa que literalmente acabou de chegar das férias.

Ainda ia no carro quando deu o 537 Cuba dos Orishas, e daí a ficar a sonhar com ir a Cuba foi um tiro (na verdade fui lá com cinco anos, mas tenho poucas memórias).

Não me recordo de alguma vez me ter sentido assim, sou sincera. Talvez porque sempre me foquei no projecto seguinte, no objectivo seguinte, na viagem seguinte, na aventura seguinte, e agora dou por mim sem grandes ideias. Temos mais três viagens programadas até ao fim do ano, mas são coisas pequeninas (e só uma delas é que é a um sítio que não conhecemos). O próximo ano vai ser muito complexo: o Pedro faz o exame de saída da especialidade, temos de decidir onde vamos viver (neste momento há várias opções), arranjar trabalho, mudar-nos, se tudo correr como gostaríamos vamos ter outro filho, e não há grande espaço para pensar em viagens porque na verdade todo o ano é uma incógnita tremenda. Uma incógnita boa, mas difícil na mesma.

Talvez seja por isso que estou tão cansada. Talvez seja porque o Bernardo está no Porto até Dezembro, a Joana está a trabalhar tanto que já não a vemos desde que regressámos de Sesimbra, os nossos pais estão longe e na vida deles e nós sentimo-nos sozinhos e assoberbados com isto. Talvez seja porque ando a chegar tarde a casa e só consigo estar uma hora com os meus rapazes (porque de manhã o Pedro não está e à tarde o Matias deita-se muito cedo), e por isso sinto falta do colinho deles (de dar e de receber). 

Só sei que estivemos em Sesimbra há duas semanas, mas eu era capaz de jurar que foi há dois meses.

Preciso mesmo de férias. Ou de Sesimbra. Ou de ambos.





Quero só salientar que não fazíamos ideia que a Joana estava a tirar as fotos :)

<3
Freud explica :D

A brincar às escondidas :D O Matias é óptimo nisto SÓ QUE NÃO :D

A brincar à apanhada :D
Gosto de tudo nesta foto. Nós nos Forte a brincar às apanhadas, com o porto de Sesimbra como fundo, eu a apanhar o Pedro, o Matias a correr atrás de nós, o Bernardo a carregar com as nossas mil coisas... Que foto tão perfeita, a sério.


Isto soa histérico, mas só me apetece chorar de felicidade quando vejo isto





A lendária carbonara do Bernardo :D
Numa nota intermédia: é relativamente frequente a malta abordar o Bernardo, a Joana ou o Pedro e dizer que lê o meu blog. É muito engraçado porque eu nunca sou abordada (e obrigada por isso, acho que me ia sentir desconfortável), mas eles sim, e até os meus pais foram abordados um dia destes por uma rapariga muito simpática enquanto comiam leitão na Mealhada :D Pelos vistos isso aconteceu ontem com o Bernardo novamente, e agora olhei para a foto da carbonara e ocorreu-me que se calhar é estranho que fale tanto deles aqui. É verdade que partilho muito da minha vida, mas isso é porque continuo a achar que sou lida por quatro ou cinco pessoas (e não é falsa modéstia, a sério) e por isso no fundo é como se estivesse a escrever para mim (aliás, é frequente ler as minhas publicações antigas). Mas depois tudo o que vem por acréscimo é confuso, porque desse lado também aprendem montes de coisas sobre quem me rodeia (como o caso da carbonara do Bernardo ser óptima!).

E pronto, vou fechar a matraca e continuar a mostrar as fotos!



Da última vez que o Pedro fez a prova de cervejas no Forte eu estava grávida do Matias e tive de pedir um chá :D
Mas agora vinguei-me :D :D :D
E pronto, boa noite :D