24 de janeiro de 2018

Tinoni.

Quando o Pedro foi para São Paulo durante cinco semanas a minha avó veio cá para casa passar uns dias (porque coitadinha da menina, agora ficar sozinha em Lisboa, essa cidade tão assustadora, etc etc). Na altura fizemos uns programinhas engraçados e cheguei a ponderar levar a minha avó a uma casa de fados (não fosse ela uma ex-fadista), mas ela achou tudo caríssimo. Na verdade, as palavras exactas foram:

'Cinquenta euros por um jantar e uns fados? Oh Joaninha, só se a Amália ressuscitasse e viesse cantar!'.

Conclusão: acabámos por não ir.

Este ano eu, o Pedro, o Bernardo e a Joana estamos decididos a fazer mais programinhas culturais. Desde que o Mati nasceu temos ido a pouquíssimos museus e exposições, mais porque nos fins-de-semana queremos sempre ficar a pastelar em casa ou a passear por sítios verdinhos do que por culpa do miúdo. No entanto, quando fiz o resumo dos meus 28 anos achei que de facto gostaria de ter feito uns programas mais eruditos, e pensámos que uma das coisas que gostaríamos de fazer era ir jantar a uma casa de fados.

Mas o Pedro insiste que devíamos pedir recomendações. Ora eu não conheço ninguém que tenha ido a alguma (talvez os tais cinquenta euros tenham alguma influência nisso?), por isso ocorreu-me perguntar aqui.

Vimos este programa na Adega Machado mas não conhecemos o sítio e temos medo que seja enlatado para turista ou, pior ainda, que se coma mal. É que eu não me importo de pagar, mas quero comer bem* e ouvir boa música. Alguém tem alguma recomendação?

* Comer bem para mim é ter pratos vegetarianos porreiros, comer bem para o Pedro envolve doses simpáticas de boa comida que não envolva reduções e caminhas de purés e coisas do género.