27 de janeiro de 2016

Pregnancy Diary #53

Ontem foi o dia de tratar da saúde: fiz as análises do segundo trimestre e fui à minha consulta de cardiologia da grávida. Vá, tecnicamente hoje tenho consulta de saúde materna no centro de saúde e na Segunda-feira tenho consulta com a minha obstetra, por isso vai ser mais 'a semana de tratar da saúde' :)

Da consulta de cardiologia trouxe uma notícia razoavelmente boa: a minha tensão arterial está melhor. Por outro lado, como a minha frequência cardíaca continua histérica e os meus sintomas estão sensivelmente na mesma (embora dependam dos dias) fiquei medicada (para a malta médica que me segue: vou ficar beta-bloqueada).

Não é a primeira vez que sou medicada para esta questão. Da primeira acabei por não fazer a medicação (os médicos são mesmo os piores doentes), mas agora as coisas são diferentes.

Já não sou só eu.



E, mais uma vez, o choque momentâneo apodera-se de mim, como se tivesse sabido apenas ontem que a coisinha fofa cá está (seria impossível não dar por ele nesta altura, mexe-se imenso!). Mas a surpresa chega, uma e outra vez: já não sou só eu. Caramba.

Com as análises não foi assim tão simples. As análises do segundo trimeste fazem-se entre as 24 e as 28 semanas e têm um procedimento semelhante às análises do primeiro trimestre, com a excepção da introdução da PTGO (prova de tolerância à glicose oral).

Para isso, retira-se sangue em jejum, ingere-se uma bebida preparada com 75g de glicose (quase oito pacotes de açúcar!) dissolvidos em 300ml de água e retira-se sangue uma hora e duas horas depois da ingestão.

Uma bebida enjoativa e três picadas? Não admira que ninguém morra de vontade de fazer isto.

Já tinha ouvido relatos absolutamente horríveis de malta que conheço que não conseguiu fazer a PTGO. Mas como eu tenho um reflexo do vómito pouco desenvolvido e as agulhas não me fazem confusão nenhuma (doar sangue com aquelas agulhas de tricot cura-nos disso), achei que não ia ser nada do outro mundo.

Pois, estava enganada.



Beber a água com açúcar até foi fácil: sabia ao Brufen xarope de laranja que a minha mãe me dava quando era criança, estava fresquinha e eu estava a morrer de fome e de sede. O problema foi depois.

Mal me sentei na cadeira tive a nítida sensação que ia vomitar ou desmaiar. E as duas horas seguintes foram passadas nesta dicotomia aflitiva: vomito ou desmaio?

No fim não fiz nem uma coisa nem outra, também graças ao meu irmão (que me fez companhia durante o tempo todo, foi mesmo querido) e às senhoras do laboratório (que foram muito simpáticas e deixaram-me ficar deitada nas cadeirinhas). Mas manter aquele líquido do demónio dentro do estômago foi incrivelmente difícil, e suspirei de alívio quando as duas horas passaram e pude vir embora.

Bem, pelo menos já está feito e agora é só esperar pelos resultados :)