22 de janeiro de 2016

Pregnancy Diary #48

A saga do carro começou quando, em plena viagem de avião para Nova Iorque, tive um mini-chilique (que giro, a palavra chilique tem página no priberam) a ler o catálogo de puericultura da Prénatal. Na altura fiquei estupefacta com os mil carros diferentes que havia para escolher, com a quantidade de acessórios que havia, com todas as hipóteses que existiam e, principalmente, com o quanto parecia haver para perceber do assunto.

Como vos disse ontem, optei por procrastinar esta questão e esperar por inspiração divina.

 I never thought of it like that. But, it's true.... if they don't make a decision, then that means they're on the fence about it. I want to be somebody's "I-want-you-&-only-you" 1st choice. Not a pity-party, "I-guess-u'll-do" 2nd choice.:



Quando fiz a publicação sobre as viagens, duas leitoras recomendaram-me o blog da Adriana Miller (Dri Everywhere), que li sem parar durante horas. Numa das publicações ela fala do carrinho que comprou para a filha (que viaja muito com eles desde bebé), o Bugaboo Bee.

A inspiração divina tinha chegado. Era um carro pequeno e muito prático, fácil de abrir e fechar, óptimo para viajar, leve e giríssimo - pelo menos para mim, que sou loucamente apaixonada por amarelo e tenho eu própria um carro amarelo. Era o carro ideal para nós.

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Vi no site deles em que sítios de Lisboa existia a marca e encontrei a Baby Cool, uma loja em Campo de Ourique. Ora ontem íamos jantar com um casal amigo na Estrela, por isso pareceu-nos ouro sobre azul: passávamos por lá, experimentávamos o carro, comprávamos e pronto.

Fiquei ainda mais apaixonada pelo carro quando o vi ao vivo. Era tudo aquilo que imaginava. Era simples, prático e lindo. Era perfeito.

E caríssimo.

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Eu sabia que o carro em si custava 650€. Mas não sabia que era preciso comprar também a alcofa (200 e tal euros) ou o ninho (90 euros), o ovinho para o automóvel (200 e tal euros), o adaptador isofix (200 e tal euros) e o adaptador do ovinho para o carro (nem me lembro de quanto custava sinceramente).

http://www.reactiongifs.us/wp-content/uploads/2013/11/youre_serious_futurama.gif

Vai daí, a senhora da loja mostrou-nos outras alternativas e os nossos olhos bateram noutro carrinho pequeno, compacto, resistente, leve e fácil de abrir e fechar (possivelmente mais fácil até de abrir e fechar do que o Bugaboo). Tinha a vantagem de ser um sistema trio, isto é, trazia já a alcofa, o ovinho e a cadeira de passeio incorporadas e só era necessário comprarmos o adaptador isofix. Ficava a um preço mais simpático... Mas não era amarelo.

Fiquei a pensar. Valia a pena gastar mais uma-quantidade-bem-simpática de euros para ter um carro amarelo só porque era o que tinha idealizado? De repente as coisas que poderia fazer com aquele dinheiro começaram a ocorrer-me. Poupar para a nossa road trip pela Irlanda. Pagar uma mensalidade da creche. Comprar muitas coisinhas giras para o bebé.

E trouxemos o outro carrinho para casa.

We stress over making the right choice, but sometimes the "wrong" one is needed to get to where we need to be.:

Depois do jantar passámos duas horas a montar e desmontar todas as peças e a ambientarmo-nos ao nosso carrinho (que foi aberto e fechado umas trinta vezes).

E eu percebi que este pode não ser o carro dos meus sonhos... Mas vai ser, a partir do momento em que tiver o meu filho lá dentro.

Habemus carro.