18 de janeiro de 2016

Pregnancy Diary #42

(Escrevi este texto na semana passada e estava mesmo danada com o assunto. Não o publiquei na altura - já não me recordo porquê sinceramente - mas agora depois de ter passado os últimos dias a relaxar em Sesimbra já nem estou assim tão furiosa. De qualquer das formas, aqui fica o registo para a posteridade!)

Depois da saga da creche e da saga do nome (esta ainda não terminada, embora esteja em modo de pausa até novos desenvolvimentos), eis que surgiu... A saga das obras.

Mas voltemos atrás. Em Janeiro do ano passado (2015, portanto) eu e o Pedro decidimos que estava na altura de fazermos umas obras em casa. Pensámos em começar em Junho para aproveitar o Verão... Mas Junho chegou e optámos por procrastinar.

Quando engravidei decidimos avançar finalmente com o projecto e começámos à procura de orçamentos. Tendo em conta que já estou grávida de 24 semanas e que as obras ainda não começaram, acho que conseguem facilmente adivinhar que algo correu mal.
 



Na verdade, andava a ser muito difícil encontrarmos alguém que parecesse minimamente sério. O 'vou aí hoje ver' rapidamente se transformava no estranho caso do desaparecimento do pintor, o 'mando-lhe o orçamento hoje à noite sem falta, prometo pela alminha dos meus ricos filhos' queria na verdade dizer 'estou a brincar, vais passar uma semana inteirinha sem saber algo que poderia dizer-te em dois segundos, e mesmo que ligues todos os dias vou continuar a dizer que te mando o orçamento hoje e não mando nada' e o 'isto é só um fim-de-semana e está despachada' transformava-se em 'ups, afinal vou demorar um mês porque entretanto também tenho outros trabalhinhos, sabe como é e tal'.

Pelo caminho eu já estava cansada de pensar no assunto, de sonhar com o assunto, de me preocupar com o assunto e de perseguir as pessoas ao telefone.


No fim, e depois de uma telenovela mexicana com direito a dezenas de episódios, acabámos por ficar com a primeira hipótese que encontrámos - a única (até ver, que ainda é cedo para atirar os foguetes) que cumpriu os prazos. Semanas (meses!) de pedidos de orçamento foram absolutamente inúteis: no fim, vamos ficar com a primeira pessoa que cá veio. E vamos dar início às obras. Esperemos.

Pelo caminho, aprendemos muitas lições:

* Não procrastinar e deixar a Joana e o Pedro do futuro lidarem com os problemas (mentira, vamos continuar a fazer isto!);
* Não andar à procura de 8472347248290 opções quando já temos uma que nos agrada;
* Se as pessoas não cumprem os prazos uma vez, há uma grande probabilidade que repitam a proeza;
* Se a malta age como se nos estivesse a fazer um grande favorzinho é porque não precisam realmente disto para nada.

Tão depressa não me meto noutra.